Meio campo proponderante
O Observatório dos Jogadores Profissionais de Futebol (OJPF) considera que o sucesso das melhores equipas do Mundo está relacionado com a estabilidade dos jogadores de meio-campo, disse à Agência Lusa o investigador Raffaele Poli."Actualmente somos capazes de explicar, pelo menos uma parte dos resultados desportivos e, por exemplo, que as melhores equipas têm os médios mais estáveis e estamos a planear fazer este tipo de análise e também prever o valor monetário de um jogador, tendo em conta o seu desempenho desportivo", afirmou o docente da Universidade de Neuchâtel e Lausane.
O investigador suíço Raffaele Poli fundou com o francês Loïc Ravenel da Universidade de Franche-Comté (França) o Observatório dos Jogadores Profissionais de Futebol (OJPF) e desenvolveu o "Estudo demográfico dos futebolistas na Europa", com a ajuda de dois alunos de doutoramento a tempo parcial, Roger Besson e Julien Duval.
Para Raffaele Poli, "o objectivo passa por seguir o progresso do mercado laboral dos jogadores de futebol, na Europa, e, quem sabe no Mundo, no futuro (…) produzindo indicadores estatísticos úteis para vários tipos de pessoas, desde os apaixonados, aos dirigentes e estudantes, até para os jornalistas".
Através da Internet, recorrendo a "diferentes bases de dados electrónicos e aos sítios oficiais de federações e clubes", o OJPF reuniu, até Outubro de 2008, informações sobre a estatura, posições, nacionalidade, emigração e internacionalizações de 11.015 jogadores, de 456 clubes, de 30 ligas europeias.
"Vamos fazer este estudo todos os anos, porque o valor acrescentado do nosso trabalho será conseguir analisar o progresso ano após ano. Planeamos integrar outras ligas e os campeonatos das segundas divisões da Europa, por exemplo, mas o resto do Mundo ainda não está na agenda", explicou Raffaele Poli.
A partir de Fevereiro, o sítio oficial do OJPF, vai disponibilizar indicadores das "cinco grandes ligas europeias" (Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália e França), como "a actividade dos jogadores internacionais, a percentagem de minutos dos jogadores formados no país e dos estrangeiros".
"Não é uma revolução, mas uma evolução", sublinhou o investigador, destacando o "forte interesse da FIFA e da UEFA", destacando que "o Observatório é a instituição que produz a abordagem científica e mais confiável destes dados".
Fonte: Lusa
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