Pesquisar neste blogue:

Contador de Visitas:

Web stats powered by www.clubstat.com

Outros pontos de visita:

Temas e Assuntos:

Arquivo do blogue

Colaboradores do blog:

-» Futebol

-» T Nogueira

-» Nuno Texas

-» António Fonseca

-» João Miguel Pereira

-» Marcelo Santos

-» Guilherme Pannain

-» Geração Benfica

-» Tiago Ferreira

-» Livre Directo

-» Bruno Miguel Espalha

Reflectindo sobre o desporto rei...

Publicada por Tiago Nogueira quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O Modelo de Jogo

O primeiro passo de um treinador terá que ser a definição do Modelo de Jogo.
O que se deve incluir no modelo de jogo? Sendo o modelo de jogo o conjunto de princípios que conferem organização e são fundamentais para darem sentido à nossa equipa, devemos especificar esses princípios: 1. A ideia dos intervenientes; 2. Princípios e sub-princípios de jogo que conduzam à organização funcional da equipa; 3. Características dos jogadores; 4. Organização estrutural.

Na ideia dos intervenientes será necessário definir as linhas gerais do modelo de jogo: que tipo de jogadores, que objectivos de equipa, que condições físicas e estruturais, que tipo de futebol a praticar, que tipo de organização colectiva...
Nos princípios e sub-princípios de jogo é essencial definir o que cada jogador tem de efectuar nos diferentes momentos de jogo: organização ofensiva; organização defensiva; transição ataque-defesa e transição defesa-ataque. É aqui que se devem descrever os comportamentos individuais e colectivos, aquando do ganho e da perda de bola e respectivos momentos de transição, nomeadamente: a definição da(s) linha(s) de pressão (decisiva para perceber, por exemplo, se se irá privilegiar o ataque apoiado e em segurança ou o ataque rápido/contra-ataque - uma linha de pressão alta com ganhos previsíveis no último terço do adversário não faculta espaço suficiente para se poder desenvolver contra-ataque; ao invés, uma linha de pressão mais “curta” impede a nossa equipa de desenvolver ataque organizado); o tipo de marcação ao adversário nas diferentes zonas do campo; a atitude mental dos atletas (rapidez na mudança de atitude defender/atacar e atacar/defender)...

Nas características dos jogadores, uma das condições fundamentais para a definição do modelo de jogo, é necessário dizer que isto terá nuances diferenciadas. Assim, se a definição do modelo de jogo é elaborada antes da constituição do plantel, as características dos jogadores devem ser aquelas que melhor servem o modelo de jogo definido. Quando o modelo de jogo é elaborado depois do plantel estar concluído, é o modelo de jogo que terá de ser definido de acordo com as características dos atletas, tendo sempre presente que, no que ao ponto anterior diz respeito (princípios e sub-princípios de jogo), estes deverão estar sempre acima dos interesses/características individuais dos atletas, pois são a identidade do treinador, nunca se deve sobrepor o interesse individual face ao colectivo!
Na organização estrutural, sistema táctico, e que muitos entendem como o mais importante e até redutor quando definido enquanto modelo de jogo de clube, não deverá ser entendido dessa forma, na medida em que deverão ser definidas não só uma organização estrutural principal mas sim várias. Assim, para além da definição das organizações estruturais, deve-se também definir: a forma como esses sistemas se adaptam aos vários sistemas tácticos que os adversários podem apresentar; as características individuais dos diferentes atletas por posição, por exemplo, que laterais pretendemos em função do nosso modelo de jogo - se são eles a fazer a marcação ao 2º ponta de lança deverão possuir como característica principal, a boa ocupação do corredor central e um bom sentido de marcação, mas se pretendemos que sejam eles a criar ofensivamente superioridade no seu corredor, já deverão possuir, como principal característica, um “bom pulmão” e elevada capacidade técnica, nomeadamente no passe e no cruzamento; no caso dos médios e no clássico 4x3x3, que triângulo vamos apresentar (1+2 ou 2+1); quem faz as compensações; quem executa, preferencialmente, os movimentos de ruptura; nos avançados, que movimentação preferencial se pede aos que actuam nos corredores; o ponta de lança deverá actuar de forma mais vertical, em apoios e sempre no enfiamento dos postes da baliza, ou deve procurar os corredores laterais, permitindo o aparecimento dos outros dois avançados e/ou médios-ofensivos no corredor central.

4 golos

  1. Anónimo Says:
  2. Mais um grande artigo Nogueira, demonstras muita qualidade no que escreves, és treinador?
    Este blog está muito bom, sou um leitor assíduo do vosso espaço, continuem o bom trabalho desenvovido.

    Rui Santos

     
  3. Caro Rui,

    Muito obrigado pelos elogios, mas eu ainda tenho 17 anos e ainda n sou treinador, o meu objectivo no futuro!

    Um abraço

     
  4. Goleiro Says:
  5. Nem parece que você tem 17 anos, penso e escreve sobre futebol como gente adulta. Parabéns pelos excelentes artigos

     
  6. Goleiro,

    Muito obrigado, é sempre um prazer quando gostam do que escrevo ;)

     

Enviar um comentário

No Futebol "O Desporto Rei" todos os comentários são aceites, desde que os mesmos não contenham qualquer tipo de palavreado não adequado, que impere o respeito e que não sejam com o intuito de fazer apenas e só publicidade. Para este último aspecto, assim como para eventuais trocas de links, façam o favor de nos contactar para o nosso endereço de email (Gmail).

ESTAMOS NAS REDES SOCIAIS:

ESTAMOS NAS REDES SOCIAIS:
Adiciona-nos e ajuda-nos a divulgar um projecto que pretendemos retomar em breve.

Followers

Parcerias:

Parcerias:
A Mística Azul e Branca traz-nos o "Poder Portista".

A Norte de Alvalade traz-nos "De Leão ao peito".

O Blog Geração Benfica traz-nos "Benfica by GB".