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Venda colectiva de direitos TV em Portugal

Publicada por Futebol terça-feira, 14 de julho de 2009

Ao longo dos últimos anos a Liga Portuguesa de Futebol Profissional assumiu apenas o papel de organizador de competições de futebol, tomando uma posição de desinteresse ou mesmo de negligência em relação às suas obrigações como regulador e administrador de um conjunto de direitos económicos, capazes de estabilizar as finanças dos clubes e dessa forma potenciar o espectáculo e o interesse dos adeptos.

Durante esse período os dirigentes dos clubes na urgente necessidade de gerar receitas, alienaram os seus direitos televisivos em contratos de longo prazo (5 e 10 anos), por valores que com o decorrer dos anos se tornaram totalmente inadequados à realidade praticada no futebol Europeu. A construção dos novos estádios para o Euro 04, serviu para renovar os recintos desportivos e criar novas receitas, mas contribuiu principalmente para o endividamento dos clubes, que voltaram novamente e empenhar os seus direitos televisivos para suportarem os custos de construção dos estádios.

Hoje os direitos televisivos vendidos colectivamente nas ligas europeias são responsáveis por 30% a 50% das receitas dos clubes, enquanto em Portugal onde a venda é individual, significam 10% a 15% das suas receitas totais. Se os responsáveis pela organização do futebol Português continuarem a descurar as suas responsabilidades, à medida que vão terminando os contratos de televisão dos clubes, novos serão assinados, renovando o problema por mais 5 ou 10 anos.

Implementação
A receita total gerada actualmente pelos clubes da Liga Sagres através da venda individual de direitos televisivos ronda os 50 milhões de Euros, mas a implementação da venda colectiva de direitos televisivos, passará necessariamente pela compreensão por parte de todas as entidades desportivas que através do novo sistema as receitas podem aumentar entre 2 a 3 vezes mais.

Para que tal aconteça a Liga de Clubes terá o papel fundamental de sensibilizar os clubes para a importância desta nova formula como geradora de maiores receitas, tomando (com o acordo dos clubes) a iniciativa de negociar novos contratos colectivos à medida que vão terminando os actuais, mas principalmente como mediadora na renegociação dos contratos ainda existentes, entre clubes e entidade detentora dos direitos.

Pacotes e Leilões
O sistema de venda dos direitos TV através de pacotes praticado pelas maiores ligas europeias, vai de encontro às necessidades e meios que cada operador tem ao seu dispor para a transmissão dos encontros. A divisão do produto em pacotes e a sua venda através de leilões, possibilita o equilíbrio nas vendas e uma concorrência leal entre operadores, tornando o sistema benéfico para clubes, operadores e adeptos.

Os pacotes são divididos consoante o meio de transmissão (TV, internet, telemóvel e rádio) e por sua vez em pacotes de transmissões nacionais, internacionais, resumos, etc… o que possibilita uma variedade imensa de ofertas e a dispersão dos direitos por diversos operadores. Actualmente a venda por pacotes já é feita, mas apenas pelo único operador detentor dos direitos, adquiridos individualmente a cada clube.

Partilha de Receitas
A formula de partilha das receitas pelos clubes varia de liga para liga, sendo adequada às realidades e necessidades dos clubes de cada liga. Os sistema de partilha mais utilizado é o de 50% do total das receitas a dividir por todos os clubes da liga, 25% relativos à performance na liga e 25% referente ao share, ou número de adeptos de cada clube. No entanto este sistema deveria ser adaptado à realidade Portuguesa, onde existem grandes diferenças entre o número de adeptos de cada clube.

Estima-se que o valor real dos direitos televisivos da Liga Sagres atinjam hoje os 120 a 150 milhões de Euros anuais, o que poderia significar para os 3 grandes portugueses receitas de televisão na ordem dos 20 a 25 milhões de Euros anuais, ainda assim inferiores aos últimos classificados da Premier League e equivalentes aos últimos classificados da Ligue 1 de França.

Em todo o caso é necessário manter o equilíbrio na partilha de receitas entre os clubes uma vez que o domínio financeiro, tal como o domínio desportivo, nunca foi benéfico para a competitividade de nenhum evento desportivo.

Texto: www.futebolfinance.com

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