Se jogasse basquetebol Mariano González seria o “rei dos turnovers”. Chega a ser irritante a sua forma de actuar em campo, perdendo constantemente o esférico. A explicação mais lógica é a de falta de confiança e aposta cega de Jesualdo Ferreira num jogador que a qualquer momento se poderá tornar num fora de série. Ou simplesmente teimosia…
A sua utilização permanente, e de forma quase intocável, tem quanto a mim alguma lógica. Mesmo muitas vezes sendo o “patinho feio” da equipa, é de registar o número de vezes que Mariano tem a bola em sua posse. Não se esconde, consegue sempre arranjar espaço para garantir a circulação de bola. Não desequilibra, é certo, mas produz o efeito contrário. De cada vez que o argentino tem a bola nos pés, toda a equipa se consegue posicionar no terreno de jogo.
Reparei neste aspecto das vezes que fui ao estádio ver o F.C.Porto. Uma espécie de movida invisível que coloca as pedras no seu devido lugar. Mas será que este aspecto é fundamental ou mormente relativo? Quanto a mim entra-se simplesmente no mundo das necessidades da equipa e do valor individual do jogador. E Jesualdo, sabe-se, é um treinador com um pensamento colectivo bastante vincado.
Na minha óptica Mariano Gonzalez não é um jogador fora – de – série. Longe disso. Tem bons pormenores técnicos, uma versatilidade eficaz na ocupação de posições e, nalguns casos, acelerações importante no acrescentar da dinâmica de jogo. Mas nunca será aquele jogador que resolve jogos de um momento para o outro. Equilibra-os, isso sim.
Texto de Gil Nunes (Colaborador do site Academia de Talentos e colunista do jornal O Jogo) para o Futebol "O desporto rei".
nao deves de estar a falar do mesmo mariano que eu conheço.!!!!