Lembro-me de ver Diego jogar pelo Santos ao lado do eterno amigo Robinho. Naquela altura era uma maravilha ver ambos os jogadores encherem de magia os palcos brasileiros. Apesar de ambos terem sido apontados ao Benfica (os jornais portugueses gostam de apontar todos os craques à Luz, Pato foi um dos últimos), a verdade é que Diego rumou ao FC Porto e Robinho ao Real Madrid. Ao dragão chegou com o carimbo de novo Deco. As semelhanças eram claras. Teve azar com o momento de chegada ao clube, coincidindo com a saída de Mourinho e o turbilhão da troca de treinadores como de camisa. Acabou por rumar ao Werder Bremen numa das piores vendas da história do FC Porto. Imperdoável. Na Alemanha Diego foi um rei, comprovando todo o seu talento, ano após ano. Todavia, como não era um jogador na moda - porque no futebol é preciso estar na moda e estar na moda significa que um quer os outros invejam - foi ficando pelos verdes de Bremen, espalhando um perfume muito acima do nível do clube. Finalmente a Juventus abriu o olho e resgatou a sua nova jóia da coroa. É pena que Mourinho não tenha visto com olhos de ver o talento de Diego. É pena que o Porto tenha sido cego ao ponto de o vender por um prato de lentilhas.
Imagem: Footballing World
0 golos