Mesmo quando se tem uma direcção histórica e memorável é fundamental que se mantenha o espírito crítico para que não se caia no erro de nos tornarmos autómatos adeptos. Nos últimos vinte anos o Futebol Clube do Porto passou de uma equipa bairrista portuense a uma grande equipa em Portugal, metendo-se na luta entregue ao Benfica e Sporting, e numa equipa de respeito na Europa. Jorge Nuno Pinto da Costa foi o grande obreiro.
Todavia, não consigo deixar de apontar certos erros que considero graves na recente condução dos «dragões». Se é verdade que o FC Porto é um exímio investidor no mercado, cabendo-lhe investimentos altamente lucrativos, também é verdade que tem sido amplamente deficitário na sua aposta na formação. Paulo Machado (na fotografia com a camisola dos franceses do St. Étienne) é um exemplo, entre outros, dos jogadores formados no clube que não encontram espaço na equipa principal azul-e-branca, particularmente porque não lhes é dada a oportunidade, ficando sempre na sombra de jogadores estrangeiros cuja superioridade qualitativa fica por confirmar.
Na "cantera" azul da Invicta formam-se bons jogadores que infelizmente, devido a um política interna financeira, não encontram espaço para se afirmarem no clube. O Porto peca assim pela infertilidade caseira. Sinal menos.
Imagem: A Bola
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