A Argentina prepara-se na máxima força para os decisivos jogos com Peru e Uruguai que podem garantir o apuramento para o Mundial 2010. O benfiquista Di Maria está de regresso à selecção, depois de uma suspensão de quatro jogos causada pela expulsão no trágico jogo da Bolívia, que terminou com uma pesada derrota por 6-2. Agora, com a titularidade à vista para o próximo jogo, tal como Aimar, o extremo revela que temeu pelo regresso. "Não sei se vou jogar, mas gostava de ter alguns minutos para apagar o jogo com a Bolívia. O Peru não vai atacar muito. Mas sabemos que vão querer complicar-nos a vida, ainda que já estejam eliminados. Acho bem que o Maradona escale uma equipa muito ofensiva"! Até porque, para quem está habituado a pisar o palco de jogo, ver-se, de repente, afastado do relvado é complicado: "Estar de fora é muito pior. Sofri muito porque tinha o objectivo de me consolidar na selecção para ir ao Mundial. Foi mau, sentia-me impotente. E depois, como as coisas não correram bem, ao estar de fora apercebemo-nos de tudo. O que se diz de mal dos jogadores e da equipa. Mas penso que este período me ajudou a repensar a minha forma de estar para continuar bem no Benfica para poder ter outra oportunidade como a que chegou agora".

O extremo admite, no entanto, que chegou a duvidar do seu regresso: "Depois daquilo da Bolívia falei com o Diego e fiquei tranquilo. Mas depois passaram os jogos e pensei que não ia ser mais chamado. A confiança regressou um pouco nestes últimos meses, porque tive a sorte de estar muito bem em Portugal e começou-se a falar muito de mim." Desta vez, Di Maria trouxe consigo um companheiro do Benfica, Pablo Aimar. "Soube da convocatória ao mesmo tempo que o Aimar. Ele olhou-me e disse-me: "Bem, parece que vamos à guerra"", fantástico... Caso a Argentina consiga apurar-se para a África do Sul, Di Maria acredita que terá passado a fase mais complicada: "O Mundial vai ser menos complicado. Dizemos sempre isso nas conversas com o Pablito e com o Javi Saviola. Se França, Inglaterra ou Espanha fossem jogar ao Peru, gostava de ver se ganhavam. O apuramento na América do Sul é muito difícil e fica pior se as coisas começam a sair mal. No Mundial conheces toda a gente, é outra coisa"!