Não foi o que se escreveu por esta semana que fará acrescentar páginas mais verdes e douradas na história do Sporting Clube de Portugal. No “aftermath” da movimentação no mercado, visando a contratação do treinador, ficou a surpresa pela escolha e a incredulidade pela forma pouco profissional como todo o dossier foi conduzido. O que é notável, passados estes dias, é a superior vontade dos adeptos leoninos em deixar para trás o que afinal já não podem mudar, ansiando agora por ver o resultado das alterações produzidas.
As notícias de eventuais reforços animam algumas almas, especialmente quando nomes com tanta substância, como Dany ou Quaresma, são postos a circular. São bons jogadores e é com eles que se fazem as boas equipas. O “cigano” ficaria perfeito a vadiar entre as extremidades do ataque, dando fôlego a novos desenhos tácticos. Dany, que de falso só é ponta-de-lança, poderia finalmente dar a conhecer as virtudes que fizeram os russos pagar uma das mais caras transferências do defeso do ano passado.
Mas mais que as promessas é no actual plantel que Carvalhal tem de escorar as remodelações necessárias no edifício futebolístico de Alvalade. Janeiro não passará de uma miragem se, de imediato, as cabeças continuarem a não deixar as pernas correr e executar melhor. Ninguém duvida que, antes de qualquer alteração técnico-táctica, o plantel à disposição de Carvalhal tem de superar o seu condicionamento psicológico. O seu desempenho nas 4 linhas está longe de espelhar o seu potencial. A discussão sobre a qualidade individual dos seus componentes deixa de ser honesta se se afirmar que o 8º lugar e as exibições acabrunhadas são normais ou fatais como o destino.
É esse o papel primordial de Carlos Carvalhal para o jogo da Taça. O tempo é pouco, os melhores jogadores estiveram ausentes, mas quando a bola começar a rolar ninguém vai ter isso presente. E o adversário é daqueles que não interessa a ninguém. Não por falta de consideração pela agremiação em si, obviamente, mas porque ganhar-lhes com resultado expressivo é obrigatório, e, por isso, nada de importante significar. Qualquer outro resultado é a decepção a fazer crescer a ansiedade e a dúvida.
Este Sporting com Carvalhal tem potencial para melhorar, é certo que não é difícil, mas Carvalhal traz o que Paulo Bento poucas vezes conseguiu incutir nos seus jogadores, rigor tactico e muito trabalho, o resto virá por acréscimo.
Rui Santos
Pois é Rui Santos, Carvalhal é da Periodização táctica, tal como Mourinho, daí o Special One vir defender o seu companheiro no jornal O Jogo, embora Mourinho tenha toda a razão no que diz mas tal como você acredito que ele possa fazer um bom trabalho.