Ah pois é!
Em Inglaterra o profissionalismo tem coisas que, por cá, ainda não estamos habituados a ver.
Pela terceira vez desde que existe a Premier League, o Everton vê os seus planos para se mover de Goodison Park rejeitados. Desta feita, foi um estádio de 150 milhões de libras em Kirkby (arredores de Liverpool), e que seria o elemento central de um enorme centro de retail gerido pela gigante Tesco (mais ou menos o nosso "Continente", o infeliz projecto reprovado. Tudo porque o secretário das comunidades decidiu que o impacte do mesmo centro nas áreas circundantes sobrecarregaria a capacidade de geração de benefícios para Kirkby.
Isto, apesar do Everton acreditar que o novo estádio aumentaria significativamente as receitas nos dias de jogo, e geraria muito investimento na zona.
Por cá, e eu digo isto à vontade porque tenho 4 grandes superfícies comerciais a menos de 5 kms de casa, imagino que ninguém se preocuparia com esta questão.
A julgar pela velocidade com que se fazem centros comerciais, se o Everton quiser mesmo fazer um novo estádio, pode sempre pensar em Gaia. Bastaria dizer, que de certeza começava a ser construido no dia seguinte. E, quiçá, a internacionalização "on field" da Premier League começaria finalmente!
Foto: Daily Mail.co.uk
2 golos
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Boa piada, António Fonseca. Não sabia ainda desse novo chumbo ao Everton. Mas lá fora há verificação e fiscalização efectivas e Inglaterra é um bom exemplo: não se plantam cogumelos em qualquer lado. Fazes bem a comparação cá e com Gaia, porventura onde vives, mas não faltam sítios em Portugal para plantar centros comerciais e até agregados ao "futebol".
Tenho pena pelo Everton, o Goodison não tem por onde crescer e, de resto, se na área de Stanley Park crescer o novo Anfield, desta vez é o clube original (de onde sucedeu o Liverpool) a atrasar-se. Com a ironia de ter sido o Everton a nascer (primeiro) onde se radicou o Liverpool e este ficar, digamos, com o direito de superfície. O Everton vai ter de se mudar outra vez, como há 120 anos. Kirkby fica algo distante, de resto, para um clube que não tem os adeptos dos "reds" e se espelha mais na população citadina. Mesmo assim não o deixam mexer-se como deseja, mas nem em Inglaterra os interesses dos clubes suplanta, por obras manhosas e conluios político-partidários, o bem público que esta muito acima do futebol "itself".
Obrigado pelo óptimo comentário. Um excelente complemento ao post.