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Supertaça, a antevisão

Publicada por António Fonseca sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O ambiente está quente mas mais calmo do que em anos e meses anteriores, pelo que o jogo da supertaça pode efectivamente, e finalmente, uma materialização da festa do futebol.

A pré-época terminou, mas o mercado ainda não, e esse é um factor importante quando partimos para uma antevisão de um jogo desta envergadura. O SLB x FCP não é apenas mais uma supertaça. É uma defesa do orgulho entre os dois emblemas. Nenhum gosta de perder, mas principalmente com o adversário em questão isso é proibitivo pois, para além da satisfação ou frustração, é uma arma de arremesso fortíssima a ser usada entre colegas de trabalho ou amigos nos dias seguintes.
Por isso, não são de fiar as declarações que vamos ouvindo de parte a parte, desvalorizando o resultado no contexto de sucesso da época que agora começa. Jesus tem em mãos a responsabilidade de acalmar os adeptos num momento de maior apreensão perante a saída de dois elementos muito desequilibradores sem um reforço verdadeiramente confirmado, e um anúncio de renascimento do dragão. Uma derrota pode fazer renascer o fantasma do regresso dos azuis e brancos ao poder. Teoricamente, Villas Boas tem mais espaço para falhar. Está a fazer uma nova equipa, com uma nova forma de trabalhar, e por isso com a folga inicial que os adeptos compreendem.
Então, é muito compreensível que se afigure um Benfica muito concentrado, à imagem do que o treinador já conseguiu incutir nos jogadores há muitos meses. Provavelmente, mais dominador no jogo. Mas isto, se o Porto deixar. Será de prever que Villas Boas tenha uma estratégia montada com base no aproveitamento que tem do maior conhecimento do adversário do que o inverso. Por isso, não estranhem os adeptos se virmos um Benfica a começar o encontro mais incisivamente. Será normal.
Não será, contudo, determinante de um favoritismo do campeão. Aliás, se o Benfica não conseguir transformar um maior caudal de jogo em oportunidades de golo, o factor surpresa de uma equipa azul e branca renascida trará com certeza alguns arrepios aos encarnados.
Lancemos, agora, um olhar aos maiores detalhes, sob o prisma dos processos defensivos de ambas as equipas perante os adversários, já que considero a melhor forma de antever um jogo, ao invés de apenas o perspectivar a partir de uma equipa, como se a outra não tivesse vida própria (o que os "paineleiros" fazem todas as semanas na TV).


Benfica.

Jesus tem o maior dos problemas na baliza. Já todos sabemos o clima instalado sobre Roberto, e um deslize é seguramente a morte prematura do "artista". Não confiar nele é péssimo de um ponto de vista motivacional e criará feridas de longa duração, uma vez que tal seguramente será explorado pelos media como um descrédito e não uma protecção. Como o seu "mister" programará uma equipa com controlo de jogo, ele deverá jogar, assumindo o risco de um eventual desaire. Roberto, seguramente estará nervoso, e principalmente Hulk deverá tentar tirar aproveitamento disso.

Na linha defensiva, David Luiz e Luisão não estão propriamente talhados para defender a tempo inteiro pelo que o Benfica tem mesmo que manter o jogo o maior número de minutos possível no meio campo adversário. Aliás, as falhas defensivas ilustram isso mesmo. É um processo natural de uma equipa que, por natureza, parece só saber e querer atacar. Maxi e Coentrão serão seguramente os laterais, mas terão bem que saber dosear as subidas. Sem Di Maria e Ramires a suportar o ataque pelas alas, é expectável uma maior tentação por parte destes. Algo que Villas Boas estará à espera pelo que não será surpresa se assistirmos a Hulk e Cristian nas alas, em constantes rendições de flanco para tentar desinibir as investidas adversárias e aproveitar descompensações. Falcao deverá ser estrategicamente posicionado de uma forma "estanque" entre os centrais para que estes também apelem à menor subida dos laterais.

O aspecto mais "plantado" de Falcao servirá para isso mesmo, usando Villas Boas o argentino Belluschi para, acompanhado de Moutinho, efectivamente conduzir o jogo até bem perto da área, flanqueados pelos alas. Nesta perspectiva, Jesus também não deverá arriscar num meio campo demasiado ofensivo. Entre Javi ou Airton, não será descabido usar o brasileiro por ser mais rápido a acompanhar os volantes do Porto. Mas, provavelmente, até poderá usar Javi atrás, com Airton a fazer a cobertura mais à frente. Permitirá os laterais subirem, obrigando o Porto a jogar pelas alas, mas com maiores dificuldades na penetração ou recurso ao jogo aéreo.

FC Porto

Hélton está seguro. A concorrência tem dado frutos, e sempre que solicitado tem-se mostrado em forma. O problema de Villas Boas é a linha defensiva. Não se pode dizer que esteja em reconstrução total, mas quase. A perda do farol Bruno Alves significa uma readaptação, e por conta do mais que provável ingresso no Schalke, Fucile não jogará. Será titular, em princípio, Miguel Lopes pela frieza com que encarou o último clássico, e tentará dificultar a acção de subida de Coentrão, seja com ou sem Gaitan. Aliás, a decisão de Jesus entre jogar apenas com Airton ou também com Javi, abrindo espaço ou não para Gaitan, será a grande dúvida do jogo embora eu acredite que o recente reforço não alinhe de início.

Apenas subindo Coentrão, será mais fácil ao Porto controlar, mas bem mais dificil criar jogo. Do outro lado, Álvaro Pereira é um problema para Jesus. Sem ala direito para inibir o uruguaio, este poderá subir muitas vezes, até demais para desequilibrar. Mas esta pode ser agora a maior frustração para os dragões. Não sendo Rolando e Maicón dupla suficiente para Saviola e um Cardozo em topo de forma, e Fernando uma "lapa" sobre Aimar, Villas Boas não deverá fazer Álvaro subir demasiado e, por ventura, até se concentrará em reforçar o eixo da defesa nas sobras. Ainda mais porque Carlos Martins, não defendendo, tentará ocupar os espaços junto a Aimar para criar jogo.


Em suma, e colocando-me eu na cabeça de cada um dos treinadores, começava o jogo desta forma, e com estas linhas básicas exigidas ao sistema da equipa:

Jesus: - Roberto, Maxi, David Luiz, Luisão, Coentrão, Javi, Airton, Carlos Martins, Aimar, Saviola e Cardozo. Perder profundidade de início, mas ganhar o meio campo. Coentrão e Maxi passariam a ter "asas" para atacar embora sem exageros pois Hulk e Cristian vão estar à espera disso. Aimar sempre concentrado em espreitar o passe para as costas dos centrais, onde Cardozo e Saviola podem explorar um menor entendimentos dos centrais.

Villas Boas: - Helton, Miguel Lopes, Maicon, Rolando, Álvaro Pereira, Fernando, Moutinho, Belluschi, Cristian, Hulk e Falcao. Impedir os laterais do Benfica de subir não fazendo descer os extremos muito mais do que a linha de meio campo. Dividir o jogo entre os defesas e Fernando sempre atrás, e Belluschi e Moutinho a cobrirem as saídas de Carlos Martins e laterais, dando-lhes depois liberdade e responsabilidade de construir o jogo. Falcao colado aos centrais para dar espaço aos extremos. Rematar de longe, logo que haja oportunidade.

Agora, cada um que faça o que entender pois eles é que são pagos e responsabilizados por isso. Seguramente, este é um jogo de 50/50.

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