Em conferência de imprensa, Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, deu a conhecer que a partir de agora os jornalistas terão apenas três minutos para recolher imagens dos jogos do Nacional, excepção para aqueles que têm contrato e pagam aos insulares.
"A lógica de que se filmará o jogo para fazer um resumo de três minutos não colhe. Os jornalistas passarão a entrar no Estádio da Madeira para fazerem três minutos de cobertura do espectáculo desportivo, menos aqueles que têm contrato e pagam ao Nacional para desenvolver o seu espectáculo."Rui Alves explicou que esta medida, tem como intenção acabar com as borlas nos resumos dos jogos.
Mas quem é o Rui Alves para mudar o que está escrito na Lei? Se as Leis deste país (a da Televisão, por exemplo, e outras) franqueiam o acesso de jornalistas e equipas de reportagem a eventos públicos, e sobre aqueles pagos ou sujeitos à cobrança de direitos de transmissão dizem que é permitida a recolha de imagens sem encargos e a exibição de extractos informativos até 90 segundos, quem é Rui Alves para dizer o contrário?
E se, de repente, as imagens de jogos do Nacional deixassem de passar nas televisões (elas sempre podem argumentar que o Nacional não dá audiências, logo, não gera receitas), ou deixasse de haver notícias nos jornais. Será que o Nacional sobreviveria apenas com as receitas dos bilhetes para os jogos? Continuaria o Governo Regional da Madeira a canalizar verbas do erário público para um clube do qual ninguém ouviria falar?
É que, se calhar, deveriam ser as televisões a pensar em acabar com as borlas nas transmissão de resumos de clubes que não geram receitas (entre os quais o Nacional). Se calhar teria mais lógica ser o Nacional a pagar às televisões para aparecer.
É que a televisão é um negócio muito caro. E o Nacional deveria pagar pelos minutos que tem.