Muito pesará por estes dias a camisola do Sporting. Aliás nos últimos tempos poucas terão sido as ocasiões em que isso não sucedeu. Mas pesa para o lado errado, pesa nos ombros de quem a veste, não de quem a devia temer quando a defronta. Mas nem sempre foi assim, como o atesta a história, feita com equipas temíveis e atletas de eleição.
Quanto menor é o número de vitórias mais escasseia a confiança e mais difícil se torna transformar um ciclo vicioso de derrotas num ciclo vitorioso. Ganhar é também um hábito que demora a ser construído, mas que se pode perder de forma quase imperceptível. A equipa de futebol vive hoje pressionada pelos resultados decepcionantes, e não apenas os desta época. É por isso que a camisola do Sporting pesa tanto nos dias de hoje, fazendo que à primeira contrariedade se esqueçam todos os princípios técnico-tacticos essenciais a superar os adversários. A organização colectiva sucumbe perante as mais simples contrariedades.
Dificilmente veremos este problema resolvido esta época, mais ainda quando os objectivos parecem desaparecer a cada jogo jogado. Mas tem que se começar a pensar já agora na forma de o debelar. Não poder ganhar nada no final da época, redobra a obrigação da equipa a lutar pela vitória em cada jogo. Não vejo outra forma possível de encarar o resto da temporada. E é assim que a camisola verde-e-branca merece ser respeitada.
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