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Análise tática de Espanha 1 x 0 Portugal

Publicada por Esquemas Táticos quarta-feira, 30 de junho de 2010

A Espanha venceu Portugal por 1 a 0 e está classificada para a fase de quartas-de-final da Copa do Mundo 2010. Portugal repetiu o esquema tático utilizado contra o Brasil na fase de grupos, o 4-1-4-1, com modificações: Hugo Almeida como centroavante e Cristiano Ronaldo e Simão pelos lados da linha de meio-campo. A Espanha também repetiu o esquema utilizado na primeira fase: o 4-2-3-1 com Torres como centroavante e David Villa como meia-atacante pela esquerda.

Portugal

Aparentemente, a formação com Hugo Almeida no ataque seria mais ousada, já que, contra o Brasil, Cristiano Ronaldo jogou isolado na frente. Desta vez, ele e Simão poderiam chegar à frente para auxiliar o centroavante. Não foi o que ocorreu. Cristiano Ronaldo tentou, mas preso no lado direito do meio-campo (ele trocou algumas vezes de lado com Simão, mas ficou principalmente pela direita), recebeu a marcação de Capdevilla e Xabi Alonso de um lado ou de Sergio Ramos e Busquets do outro. Ficou encaixotado pelo esquema do técnico Carlos Queiróz.



Aliás, as formações adotadas por Queiróz, e as limitações técnicas do time, prejudicaram muito o desempenho de Cristiano Ronaldo nessa Copa. O time marca bem, mas não tem contra-ataque porque os passes não saem com qualidade. A opção por Ricardo Costa pela direita da defesa deveu-se à presença de Villa por aquele lado. A opção por Pepe como volante destructivo e os dois volantes box-to-box pela faixa central (Raul Meireles e Tiago) melhora a marcação sobre o habilidoso meio-campo espanhol. Quando soma-se tudo, tem-se um time bom na marcação (tanto que levou apenas um gol em todo o Mundial), mas ruim de passe. É uma escolha.



No segundo tempo, quando o jogo ainda estava 0 a 0, Carlos Queiróz mostrou que não queria ganhar a partida. Tirou o centroavante Hugo Almeida e colocou Danny, um meia-atacante, pela esquerda e deslocou Cristiano Ronaldo para a posição de atacante solitário. Repetiu o que tinha dado certo contra o Brasil. Entretanto, esse era um jogo eliminatório. Queiróz errou.

Voltou a errar quando, já perdendo por 1 a 0, colocou Liedson no lugar de Simão. Se tinha alguma ambição, deveria ter colocado o centroavante no lugar de um volante. Mas ele preferiu ser precavido e trocou um volante de contenção (Pepe) por outro (Pedro Mendes). Tudo bem que Pedro Mendes tem um passe mais qualificado e Pepe está voltando de contusão. Naquele momento, contudo, Portugal precisava empatar ou virar a partida, não segurar o 1 a 0 contra.

Destaque para Fábio Coentrão, que fez uma Copa excelente tanto na marcação quanto no apoio, e para os centrais, principalmente Bruno Alves.

Espanha

A Espanha entrou em campo no seu tradicional 4-2-3-1 e, com toques de primeira, envolveu a seleção portuguesa no meio-campo. A seleção espanhola teve alguma dificuldade para vencer a retranca portuguesa porque comete um erro fatal: afunila muito o jogo. Vale ressaltar que, contra Portugal, o técnico Vicente Del Bosque procurou alguns antídotos. Para evitar a marcação dos centrais portugueses, Torres caía pela direita. Vindo mais de trás, Villa abria pela esquerda. Só não funcionou melhor porque Torres está mal fisica e tecnicamente. No segundo tempo, Llorente fez um papel melhor como centroavante.



Iniesta entrava em diagonal pelo centro para tabela com Xavi e abria espaço para as subidas de Sergio Ramos pela direita. O lateral do Real Madrid, contudo, só cruza da intermediária e não vai à linha-de-fundo. A troca de passes entre Iniesta, Xavi, Xabi Alonso e Villa é envolvente. Eles dão, no máximo, dois toques na bola. Como é feito, aliás, no Barcelona. Entretanto, as tabelas curtas são, muitas vezes, pouco verticais. Ou seja, mantêm a posse de bola e, não necessariamente, criam perigo ao gol adversário. Um, digamos, excesso de preciosismo.

Mas não se enganem. Mesmo com essa troca de passes laterais excessiva, muitas oportunidades são criadas. Contra Portugal, foram 19 chutes a gol, sendo 10 no alvo. Já é muita coisa. Poderiam ser criadas muitas mais, tornando a seleção espanhola uma equipe quase imbatível.



Na segunda etapa, o técnico Vicente Del Bosque não modificou o desenho tático de sua equipe, mas promoveu Llorente para o lugar de Fernando Torres. Llorente deu mais peso ao ataque espanhol. Ele fez, e muito bem, a função de pivô para os meias espanhóis que vinham de trás. Talvez Del Bosque tenha encontrado uma arma contra equipes retrancadas.

A Espanha realizou um jogo excelente, de muita técnica e habilidade. Confirma sua condição, pré-Copa, de candidata ao título.

Por Marcelo Costa, do Blog Esquemas Táticos.

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