A partida ficou marcada pela expulsão do guardião Júlio César, aos 23 minutos da primeira parte, depois de uma falta sobre Zeca em plena grande área e em posição frontal à sua baliza.
Crónica do Jogo:
Depois das várias críticas feitas a Roberto, o treinador Jorge Jesus resolve mudar de estratégia e coloca Júlio César a titular, remetendo o guardião espanhol para o banco de suplentes.
Com os espectadores presentes nas bancadas do Estádio da Luz a apoiarem incansavelmente a estreia do guarda-redes brasileiro, o Benfica chega ao golo logo aos 4 minutos, após um cabeceamento perfeito do paraguaio Óscar Cardozo, que assim voltou aos golos com a camisola das águias.
Aos 21 minutos, e depois de um ataque sem qualquer perigo do V. Setúbal, Maxi Pereira atrasa a bola para Júlio César, que só se apercebe da jogada, quando Zeca já está "em cima" do esférico e preparado para fazer o golo. Sem outra alternativa, o guardião brasileiro rasteira o avançado sadino e recebe ordem de expulsão, pois a falta foi cometida dentro da grande área e em posição frontal à baliza.
Durante 4 longos minutos, os adeptos benfiquistas viveram alguns momentos de "terror", pois a aposta Júlio César tinha sido expulsa, o guardião Roberto iria voltar para a baliza, a estreia de Sálvio tinha durado apenas 23 minutos (foi o jogador "sacrificado" por Jesus, para poder proceder à troca de guarda-redes) e o Benfica estava a um pequeno passo de sofrer o golo do empate.
Porém, o minuto 25 acabou por ser benéfico para os "encarnados", já que Hugo Leal (ex-jogador do Benfica) falha a grande penalidade, depois de Roberto ter feito uma grande intervenção. Com este lance, o guardião espanhol ganhava confiança, os adeptos ganhavam confiança nele e o V. Setúbal via-se afectado psicologicamente por ter tido "um pássaro na mão e deixá-lo fugir".
Após uns largos minutos de verdadeira indefinição, o Benfica chega ao 2-0, através de um cabeceamento fulgurante de Luisão, após a marcação de um pontapé de canto, cedido pelo defesa Collin de forma completamente "infantil" (atraso para o guarda-redes, sem olhar para onde este estava colocado).
Ao intervalo, o 2-0 não reflectia o que se tinha passado em campo, mas mostrava um Benfica tremendamente eficaz (o que não tinha acontecido nos outros jogos) e um V. Setúbal muito "tenrinho" e sem capacidade para fazer frente a uma equipa que estava super-motivada desde o primeiro minuto.
No início da segunda metade, a equipa sadina apareceu com vontade de mudar o rumo dos acontecimentos (Ney rematou do meio da rua um par de vezes), mas, aos 57 minutos, o argentino Pablo Aimar "acaba" com o jogo, ao marcar o 3-0, depois de uma defesa incompleta de Diego.
Este golo abalou fortemente a formação setubalense, que acabou por "deitar a toalha ao chão", desligando-se do jogo e permitindo que o Benfica gerisse o tempo e o resultado a seu bel-prazer.
Com esta vitória, os "encarnados" dão um salto enorme na tabela classificativa, situando-se agora no 10º lugar, com os mesmos pontos de Sporting e Naval, que curiosamente se irão defrontar na próxima 2ª Feira, no encontro que irá "fechar" esta ronda.
Ficha do Jogo:
Estádio: Luz, em Lisboa.
Árbitro: Vasco Santos (AF Porto)
BENFICA - Júlio César; Maxi Pereira, Luisão e David Luiz; Javi Garcia, Salvio, Pablo Aimar e Nico Gaitán; Fabio Coentrão, Javier Saviola e Óscar Cardozo.
Jogaram Ainda: Roberto, Ruben Amorim e Carlos Martins
Suplentes não utilizados: Franco Jara, Weldon, César Peixoto e Sidnei
V. SETÚBAL - Diego; Ney, Miguelito, Ricardo Silva, Collin e Anderson; Silva, Hugo Leal e José Pedro; Zeca e Sassá.
Jogaram Ainda: Jaílson, Henrique e Paulo Regula
Suplentes não utilizados: Getúlio, François, Pimenta e Michel
Disciplina: Cartão Amarelo para Ricardo Silva (28'), Paulo Regula (84') e Luisão (89'). Cartão Vermelho directo para Júlio César (23')
0 golos