"Por amor à pátria e pelo brio profissional que se orgulha de sentir fervilhar nas veias, Ricardo, segundo confessa a O JOGO, fez o possível e o impossível, muitas vezes amparado por anti-inflamatórios, para mitigar as dores e o desconforto que o seu joelho direito já denunciava - ao nível do tendão rotuliano - antes do Euro'2008 e que não calou durante a competição. Portugal caiu nos quartos-de-final, e, na decisiva batalha com os alemães, o guardião do Bétis ficou desfocado na fotografia. Não foi o único, garantidamente, mas adubou-se a ideia de que teria de ser o antigo sportinguista a pagar a factura da desilusão. Arrependido? Nada! "Há sacrifícios que qualquer profissional tem de fazer. Há aspectos que por vezes nos condicionam fisicamente, mas um jogador tem sempre o propósito e a determinação de fazer o melhor para ajudar. Foi o que fiz na Selecção. Apesar do esforço que fiz para resistir, a dor atrapalhava-me", reconhece Ricardo, ele que venceu o tempo de provação a que foi sujeito em Sevilha, tendo recuperado no dia 11 de Janeiro a titularidade da baliza que lhe fora vedada no primeiro semestre da temporada. Fez-lhe bem a mudança de ano. Está em grande, os elogios despertam facilmente, embora ao colectivo faltem… resultados.
Incapaz de recuperar da derrota sofrida em Maiorca na primeira mão, a equipa andaluza acaba de ser eliminada da Taça do Rei. E só não perdeu também no Manuel Ruíz de Lopera porque Ricardo, prestes a fazer 33 anos, foi um gigante na defesa das redes. "Agora estou bem, completamente recuperado da lesão que me condicionou durante mais de um ano. Sinto-me como se tivesse menos dez anos! Estou cheio de força, sinto-me perfeito a treinar e a jogar", garante a O JOGO, sem medo, todavia, de recordar a fase de tormenta. "Havia dias em que me levantava e dava comigo a pensar que poderia agravar o problema. Andava receoso, não era o verdadeiro Ricardo. Libertei-me desse peso, passei a jogar sem recorrer a anti-inflamatórios. Graças a Deus, o velho Ricardo está de volta!"
Durante os meses em que teve de se contentar com o banco de suplentes, aprendeu "a dar ainda mais valor" à sua carreira: "Tive mais tempo para pensar, para sentir ainda mais paixão, gosto e vontade de jogar. E também foi útil para dar mais valor aos momentos de sacrifício."
Imagem : www.enciclopedia.com.ptPor acaso ainda ontem escrevi sobre isto. Com o afastamento de Quim da baliza do Benfica, poderá Ricardo voltar às convocatórias da selecção portuguesa?
Até acredito que possa ter jogado com dores, mas de certeza que não o fez durante toda a sua carreira. E as saidas "aos papéis" fora dos postes sempre o acompanharam. O guarda-redes português em melhor forma actualmente é, indiscutivelmente, Beto.
Concordo inteiramente Ricky, no entanto acho que na última época a serviço do Sporting esteve muito bem. O grande erro na minha opinião, foi ter ido atras do dinheiro ...
Também gosto muito do Beto mas acho que o Eduardo também é a par com Beto, os dois melhores.