Confesso que me causa um bocado de desconforto pensar que terei que voltar a assistir ao tempo de antena doentio de um determinado órgão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional denominado Conselho de Disciplina que, com Ricardo Costa à frente, ainda não vi mnais nada ser feito senão muito mal ao futebol português.
Já não bastasse todo o processo "Apito Dourado" ter parido um rato, e muito mal parido por sinal, também a imagem do clube que de longe melhor representou o nosso futebol na década que agora termina, e por conseguinte manteve viva a chama dos nossos clubes em almejar vitórias a nível europeu e mundial - algo que parecia perdido desde a lei Bosman -, saiu verdadeiramente manchada, sem que nada tivesse sido provado.
Este é, a meu ver, um problema dos Conselhos de Disciplina. Seja em que modalidade for. O desejo de protagonismo por parte de pessoas que nunca deveriam ser protagonistas. Contudo, no futebol, um negócio estratosférico, as coisas têm que ser mais controladas pois estamos no domínio de uma das mais sensíveis extensões do ser humanos - o clube de futebol de cada um de nós.
O que conseguiu este Conselho de Disciplina, mais do que sancionar, castigar, punir, etc., como se fosse apenas esse o significado da palavra disciplina, o intuito para que foi criado? Conseguiu com que a alma "portuguesa", nacionalista, tivesse em definitivo desaparecido dos adeptos. Agora, é à boca cheia que ouço portistas, benfiquistas e sportinguistas a desejar a derrrota dos seus rivais nas competições europeias. Já era assim? Talvez para uns. Mas as expressões eram bem mais contidas. Mas também conheci muitos que não eram desse tipo, e gostavam de ver "Portugal a ganhar". Dentro daqueles que não gostavam, ou tinham inveja do rival, era genérica a contenção na verbalização, e podiam bem ser chamados de hipócritas, pois em público diziam que era bom uma vitória para o futebol português, mas vibravam loucamente com os golos dos estrangeiros. Mas, agora, toda esta necessidade de ser politicamente correcto, ou respeitador vá, já não é mais precisa. E porquê? Porque, entre outras coisas, este Conselho de Disciplina, ao colocar expressamente o FC Porto no palco da vergonha do futebol mundial, a ponto de um presidente da UEFA ter classificado publicamente o clube de "batoteiro" sem que no entanto provas tivessem sido conseguidas, e sem qualquer cautela sobre o timing das suas declarações, feriu e envergonhou amplamente os adeptos do clube, que mais tarde ficaram à espera de qualquer acto próximo a um pedido de desculpas assim que os tribunais nacionais e o Tribunal Arbitral do Desporto arrasou a forma de agir das pessoas que quiseram dar como provado algo que, afinal, não o foi. Como não houve pedido de desculpas (por ventura, porque ainda estão convencidos de que houve batota, ou por mera arrogância), nem um aceitar que a justiça tenha decidido algo diferente da sua vontade, o Presidente do CD da Liga em nenhum ponto conseguiu polir uma imagem que ficou irremediavelmente feia e, verdade ou não, para muitos portistas, a sensação de estar ao serviço do Benfica. Note-se que Platini, actualmente, diz que afinal o "Porto não é batoteiro". Ma, a meu ver, não porque convictamente acredite nisso. Limita-se a dizer, "não é batoteiro porque, segundo as regras, não pode ser punido por crimes anteriores à lei (2007)". Ora, para um normal entendedor (não precisa de ser bom), percebe-se bem que Platini está a "ter que aceitar" a decisão do TAS, e não a reflectir sobre o que se disse. Ou seja, a boa imagem do FC Porto, aos olhos do mais alto órgão da UEFA, evidentemente não está reposta. Como tal, os adeptos portistas estão no direito de poder continuar a atirar a responsabilidade disso para uma inacreditável gestão da situação/conflito da parte de um organismo que revelou tudo menos profissionalismo, ainda por cima alinhado com dois clubes que apenas viam nesta situação uma oportunidade para participar em competições para as quais não se qualificaram, e se intitulavam aos media como "justiceiros", sem serem juízes.
Bom, isto tudo não pode ser recordado sem fazer uma breve referência ao tempo dos "processos sumaríssimos", em que facilmente se constatou que o CD da Liga, com recurso às imagens televisivas, era tão célere a decidir que as cotoveladas davam sumaríssimo, como deixavam de dar a partir do mesmo momento que deixaram de ser apenas os jogadores a equipar de azul e branco a cotovelar o adversário.
Já não bastasse todo o processo "Apito Dourado" ter parido um rato, e muito mal parido por sinal, também a imagem do clube que de longe melhor representou o nosso futebol na década que agora termina, e por conseguinte manteve viva a chama dos nossos clubes em almejar vitórias a nível europeu e mundial - algo que parecia perdido desde a lei Bosman -, saiu verdadeiramente manchada, sem que nada tivesse sido provado.
Este é, a meu ver, um problema dos Conselhos de Disciplina. Seja em que modalidade for. O desejo de protagonismo por parte de pessoas que nunca deveriam ser protagonistas. Contudo, no futebol, um negócio estratosférico, as coisas têm que ser mais controladas pois estamos no domínio de uma das mais sensíveis extensões do ser humanos - o clube de futebol de cada um de nós.
O que conseguiu este Conselho de Disciplina, mais do que sancionar, castigar, punir, etc., como se fosse apenas esse o significado da palavra disciplina, o intuito para que foi criado? Conseguiu com que a alma "portuguesa", nacionalista, tivesse em definitivo desaparecido dos adeptos. Agora, é à boca cheia que ouço portistas, benfiquistas e sportinguistas a desejar a derrrota dos seus rivais nas competições europeias. Já era assim? Talvez para uns. Mas as expressões eram bem mais contidas. Mas também conheci muitos que não eram desse tipo, e gostavam de ver "Portugal a ganhar". Dentro daqueles que não gostavam, ou tinham inveja do rival, era genérica a contenção na verbalização, e podiam bem ser chamados de hipócritas, pois em público diziam que era bom uma vitória para o futebol português, mas vibravam loucamente com os golos dos estrangeiros. Mas, agora, toda esta necessidade de ser politicamente correcto, ou respeitador vá, já não é mais precisa. E porquê? Porque, entre outras coisas, este Conselho de Disciplina, ao colocar expressamente o FC Porto no palco da vergonha do futebol mundial, a ponto de um presidente da UEFA ter classificado publicamente o clube de "batoteiro" sem que no entanto provas tivessem sido conseguidas, e sem qualquer cautela sobre o timing das suas declarações, feriu e envergonhou amplamente os adeptos do clube, que mais tarde ficaram à espera de qualquer acto próximo a um pedido de desculpas assim que os tribunais nacionais e o Tribunal Arbitral do Desporto arrasou a forma de agir das pessoas que quiseram dar como provado algo que, afinal, não o foi. Como não houve pedido de desculpas (por ventura, porque ainda estão convencidos de que houve batota, ou por mera arrogância), nem um aceitar que a justiça tenha decidido algo diferente da sua vontade, o Presidente do CD da Liga em nenhum ponto conseguiu polir uma imagem que ficou irremediavelmente feia e, verdade ou não, para muitos portistas, a sensação de estar ao serviço do Benfica. Note-se que Platini, actualmente, diz que afinal o "Porto não é batoteiro". Ma, a meu ver, não porque convictamente acredite nisso. Limita-se a dizer, "não é batoteiro porque, segundo as regras, não pode ser punido por crimes anteriores à lei (2007)". Ora, para um normal entendedor (não precisa de ser bom), percebe-se bem que Platini está a "ter que aceitar" a decisão do TAS, e não a reflectir sobre o que se disse. Ou seja, a boa imagem do FC Porto, aos olhos do mais alto órgão da UEFA, evidentemente não está reposta. Como tal, os adeptos portistas estão no direito de poder continuar a atirar a responsabilidade disso para uma inacreditável gestão da situação/conflito da parte de um organismo que revelou tudo menos profissionalismo, ainda por cima alinhado com dois clubes que apenas viam nesta situação uma oportunidade para participar em competições para as quais não se qualificaram, e se intitulavam aos media como "justiceiros", sem serem juízes.
Bom, isto tudo não pode ser recordado sem fazer uma breve referência ao tempo dos "processos sumaríssimos", em que facilmente se constatou que o CD da Liga, com recurso às imagens televisivas, era tão célere a decidir que as cotoveladas davam sumaríssimo, como deixavam de dar a partir do mesmo momento que deixaram de ser apenas os jogadores a equipar de azul e branco a cotovelar o adversário.
Isto tudo, para chegar ao momento actual. O CD permanece o mesmo, isto é, com o mesmo Presidente, claramente uma pessoa que já mostrou saber incendiar os ânimos dos adeptos do FCP e sem razão factual (bastava ser uma pessoa menos precipitada, evitando o rótulo de "arrogante"). Agora, com base nas imagens a fornecer pelo clube com o qual os adeptos do FCP desenvolveram uma profunda guerra, e perfeitamente evitável e desnecessária se as pessoas fosse "crescidas e responsáveis", este mesmo CD vai instaurar um processo disciplinar a dois jogadores... do FCP (escaldante, no mínimo.)
Nada tenho contra qualquer clube. E também desengane-se que isto é um ataque ao Benfica, porque não o é. E nem alguma vez defenderei quem eventualmente tenha agredido agentes de segurança, ou jogadores. Simplesmente tenho receio que todo este processo esteja, e face às evidências do passado, totalmente viciado.
Nada tenho contra qualquer clube. E também desengane-se que isto é um ataque ao Benfica, porque não o é. E nem alguma vez defenderei quem eventualmente tenha agredido agentes de segurança, ou jogadores. Simplesmente tenho receio que todo este processo esteja, e face às evidências do passado, totalmente viciado.
A ver vamos se vão chegar todas as imagens ao CD e, delas, quais vão ser utilizadas para o processo. A ver vamos se na fase do auto de audição, os por agora suspensos jogadores, e clube, serão confrontados com a totalidade das imagens. E, no que me parece ser a parte menos séria neste processo, a ver vamos quantos dias vão ser precisos para deliberar sobre a questão (para uma cotovelada, numa semana ficava decidido).
Esta minha opinião pessoal é dada, em defesa do futebol em Portugal. Reforço que não falo contra o Benfica, que é uma das nossas maiores instituições, e responsável por haver futebol português com qualidade e respeitado pelo mundo fora. Falo, sim, contra uma pessoa que deveria transmitir isenção e imparcialidade. Ou, se quiserem "ao CD não basta ser isento, tem que parecer"! Se calhar, é um problemas dos Conselhos de Disciplina em geral, que não podem ter um pouquinho de poder pois teimam logo em abusar dele, irritando atletas e clubes, naquilo que mais parece ser o alimentar de um ego podre sedento de ser idolatrado. Se calhar, até estou absolutamente enganado, mas a questão é só esta: digam-me o que este CD fez até hoje com vista ao benefício do espectáculo, apreciando as situações com ponderação como é sua obrigação? E o que fez que tivesse prejudicado por via da instigação de ódios entre adeptos? Depois de pensarem nisso, digam, os leitores deste blog, se acham que estas pessoas amam assim tanto o desporto rei como nós?
No ponto, caro António Fonseca.
E quanto às divisões que tais "procedimentos admnistrativos" provocaram, há precisamente aqueles que vêem virtudes nesta CD e por extensão elogiam o trabalho do elenco da Liga parido na altura do caos e que um político aproveitou. Um político que enquanto tal (sec. Est. Desporto) não resolveu a contendo do andebol (FPF contra Liga). Um dirigente desportivo que deixou os diversos poderes, todos sujeitos a votos e sem recolherem as mesmas simpatias sufragadas em urna, vaguearem à vontade, sem uma entidade suprema que zelasse pelo bom senso e um desempenho consentâneo com as promessas eleitorais do presidente que responderia por tudo.
O pior, o pior está para vir, quando indemnizações forem pedidas e os responsáveis porem-se ao fresco.
Uma tasca mal frequentada, como sempre descrevi esta miserável Liga do taberneiro Hermínio.
Na sombra, por muito que queiras ser politicamente correcto admiti-lo, sempre o Benfica. Ameaçou não participar na Taça da Liga se o Apito Dourado não fosse para a frente. Teve logo o penálti da Reboleira. Depois pressionou para a justiça desportiva acelerar e ditar sentenças convenientes, cegas, do homem da toga vermelha na CD da Liga, e todas têm sido desmentidas em tribunal onde se faz produção de prova. Prémio, a vitória na Taça Lucílio Baptista.
Agora, em fim de feira, com todos a desmancharem as tendas, eleições em Junho, um processo administrativo que contrasta, por exemplo, com o adoptado para os incidentes no túnel de Braga. Já não se deu 2 jogos de castigo aos jogadores envolvidos, admite-se dois meses de suspense num processo de averiguações.
O descrédito é esse. Mas já tem muito tempo. E era descrédito mesmo nos anos do Tetracampeão. O que doeu muito a muita gente.