De acordo com as declarações recentes do secretário geral da UEFA - Gianni Infantino -, o organismo regulador do futebol na Europa vai publicar esse mesmo relatório de forma a revelar a magnitude do problema que resultará em regulamentações ainda mais duras mais lá para o final do ano.
À medida que ninguém parece querer saber se um clube está tecnicamente falido ou não, a UEFA decididamente preocupa-se. E não sou eu quem o digo. É a própria organização. A UEFA alega que a sua preocupação é pertinente a partir do momento em que um clube possa ter problemas por outro falir e assim desencadeie uma espiral de não pagamentos que podem gerar as falências e a derrocada da qualidade do futebol europeu tal como a conhecemos hoje.
O relatório prevê-se muito detalhado, e analisou 650 clubes em toda a Europa, dos quais 50% apresentam perdas ano após ano, e 20%, como já disse, apresentam perdas "generosas" o que quer dizer no valor de mais de 20% das receitas. Também será evidenciado que um terço desses 650 clubes gasta mais de 70% (ou mais) dos seus rendimentos somente em salários, o que do ponto de vista da UEFA é preocupante.
Não é demais que os nossos clubes - especialmente Benfica e Sporting que sistematicamente incorrem ou agravam o estado de falência técnica e são obrigados a delapidar património do clube - tenham um pouquinho mais de atenção. É que, note-se bem, metade dos clubes de topo estão metidos na mesma "bolha especulativa" de activos que julgam poder vender a qualquer momento para regularizar a situação. Mas, haverá quem compre?
E as novas regras da UEFA serão uma parte da regulamentação de licenciamento dos clubes. A partir da época 2013-14, ou os clubes estão no break-even, ou arriscam-se a ficar "fora do jogo". Quer isso dizer, exclusão da Liga Europa e Champions League.
Fonte: Reuters.
E o Porto foge à falência técnica emitindo empréstimos obrigacionistas com juros de 6% que não sabe se quando vencerem os poderá pagar. Há muitas maneiras de fazer bacalhau...