Costinha é o novo director desportivo, o Sporting alcança os oitavos-de-final da liga Europa e Izmailov permanece em Alvalade. 3 boas noticias, ocorridas num espaço de 24 horas, uma quebra numa fastidiosa rotina de desapontamento e frustrações. Uma recarga de auto-estima a verde-e-branco.
A escolha de Costinha colheu de surpresa a nação verde-e-branca, - não o “ANortedeAlvalade” – mas, observando a reacção geral está longe de ter sido decepcionante. Tem a vantagem de não ter anti-corpos em Alvalade, de ser uma opção pessoal de ingresso no clube do seu coração de um profissional bem reputado e titulado. A missão está longe de ser fácil, como sugerem os rápidos carimbos de “homem de Jorge Mendes” ou outros que se atiraram para lançar a dúvida. É também a prova que o lugar era apetecível para muitos. Voltaremos seguramente a falar de Costinha, mas esta é a hora de ratificar ou rejeitar a escolha. Eu escolho a primeira, pela adequação do perfil. O sucesso, esse está muito mais dependente do que se passará acima dele do que do seu desempenho, embora este seja importante.
A passagem aos oitavos-de-final não pode ser considerada uma grande surpresa, face ao resultado e o que se viu em Liverpool, mas o mesmo não se dirá da forma categórica como foi alcançado. Um merecido prémio para o grupo de trabalho de Carvalhal e para os adeptos. E também, convém dizer, um severo castigo para Moyes e seus boys e para a forma como menosprezaram o valor do Sporting. A postura de ontem era inequívoca: julgaram que quem mal consegue rematar em 90m à baliza do Paços ou Olhanense muito menos seria contra eles, acabados de obter triunfos moralizadores sobre dois dos Big Five da League. Acontece que o Everton tanto tentou arrefecer o jogo que acabou por ficar congelado sem conseguir depois reagir. Tivemos pelo menos o mérito de não desperdiçar a oportunidade.
Por fim Izmailov. É minha opinião que se trata de um bom jogador que, no entanto, sofre de demasiadas intermitências, não sendo a sua influência tão intensa como a sua qualidade e a nossa necessidade fariam supor. Mas a sua escolha pela permanência, em detrimento de um saco mensal de petrorublos, e o regresso ao clube de formação e do coração indicam que o pequeno Czar acredita no Sporting. Isto é, se não se foi pelo dinheiro é porque acredita que desportivamente vêm aí bons tempos. Oxalá!
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