Interessante notar que na maior parte das vezes que uma equipe (especialmente no Brasil) que faz pressing, recebe como resposta adversária o “chutão”. Então o jogo acaba por se tornar um pressionar para que o adversário chute, se livre da bola enfim devolva-a da maneira menos arriscada possível.
Impossibilitadas de sairem do pressing do adversário (ou por não saberem como o fazerem), outras equipes respondem realizando mais pressão, resultando em duas equipes que lutam sem parar (desregradas) pela bola e quando a tem não sabem o que fazer com ela.
Segundo Valdano desapareceram os espaços livres e consequentemente o tempo para pensar. Agora todos pressionam com maior ou menor organização.
No Brasil muitas equipes exercem pressão alta sobre a bola e tem nessa estratégia característica importante na sua forma de jogar. O problema é que essa pressão muitas vezes não faz parte da arquitetura coletiva da equipe; é uma pressão individual. Como é individual, torna-se difícil admitir que o chutão seja a melhor opção para vencê-la (a pressão).
Em algumas equipes brasileiras, argentinas e européias a pressão individual dá lugar a uma pressao coletiva; o que torna mais difícil a circulação da bola pela defesa adversária e por algumas vezes pode justificar o chutão como alternativa. Como o “muitas vezes” não quer dizer “sempre”, e como o chutão não é estatisticamente a ação mais eficiente para êxitos ofensivos, foram aparecendo especialmente nas equipes holandesas, inglesas e espanholas, estratégias de anti-pressing.
Na maioria das ações de pressing a equipe que a realiza consegue vantagem numérica na região próxima a bola, com limitação espaço-temporal imposta ao jogador que tem a posse da bola. Há também proteção organizada de áreas de jogo de maior importância e desequilíbrios controlados e propositais de regiões (posições de campo) tidas como menos valiosas – que ficam “menos cobertas”.
Essas regiões não sofrem ou sofrem menos pressão e tem portanto uma característica importante: possibilitam ações com bola de trânsito menos turbulento e congestionado.
Na prática, essas regiões de menor pressão acabam na maioria das vezes, presentes em faixas do campo opostas horizontalmente (em largura) àquelas que estão recebendo pressing (quando o pressing ocorre em profundidade). Quando o pressing é em largura, essas regiões acabam na maior parte das vezes ocorrendo entre a linha de zagueiros e a do goleiro.
É claro que a idéia de tirar a bola da pressão, fazendo-a trocar de faixas do campo de jogo (da esquerda para a direita e da direita para a esquerda), com mobilidade vertical e horizontal é algo mais elaborado do que seqüências de chutões. Mas pode também ser mais eficiente no início da construção de ataques subseqüentes.
Obviamente também que alcançar novas possibilidades como criar estratégias para retirar a bola da zona de pressão e possibilitar construções de jogo mais consistentes necessita de uma compreensão do jogo mais elaborada e real. E isso custa mais (mais planejamento, mais conhecimento, melhor trabalho).
Referências Bibliográficas:
Uma "(des)baromatriz(acção)" concepto-comportamental da(s) zona(s) pressing. - Monografia de Abílio da Torre Ramos.
A TÁTICA DO CHUTÃO - Texto do professor Rodrigo Leitão.
Bom, acredito que tenhamos terminado teoricamente as bases do pressing, pois não devemos fechar um assunto e acharmos que já sabemos tudo sobre ele, sendo assim, o tratamento do tema pressing continuara aberto, contudo, iremos explorar, agora, outros temas.
Impossibilitadas de sairem do pressing do adversário (ou por não saberem como o fazerem), outras equipes respondem realizando mais pressão, resultando em duas equipes que lutam sem parar (desregradas) pela bola e quando a tem não sabem o que fazer com ela.
Segundo Valdano desapareceram os espaços livres e consequentemente o tempo para pensar. Agora todos pressionam com maior ou menor organização.
No Brasil muitas equipes exercem pressão alta sobre a bola e tem nessa estratégia característica importante na sua forma de jogar. O problema é que essa pressão muitas vezes não faz parte da arquitetura coletiva da equipe; é uma pressão individual. Como é individual, torna-se difícil admitir que o chutão seja a melhor opção para vencê-la (a pressão).
Em algumas equipes brasileiras, argentinas e européias a pressão individual dá lugar a uma pressao coletiva; o que torna mais difícil a circulação da bola pela defesa adversária e por algumas vezes pode justificar o chutão como alternativa. Como o “muitas vezes” não quer dizer “sempre”, e como o chutão não é estatisticamente a ação mais eficiente para êxitos ofensivos, foram aparecendo especialmente nas equipes holandesas, inglesas e espanholas, estratégias de anti-pressing.
Na maioria das ações de pressing a equipe que a realiza consegue vantagem numérica na região próxima a bola, com limitação espaço-temporal imposta ao jogador que tem a posse da bola. Há também proteção organizada de áreas de jogo de maior importância e desequilíbrios controlados e propositais de regiões (posições de campo) tidas como menos valiosas – que ficam “menos cobertas”.
Essas regiões não sofrem ou sofrem menos pressão e tem portanto uma característica importante: possibilitam ações com bola de trânsito menos turbulento e congestionado.
Na prática, essas regiões de menor pressão acabam na maioria das vezes, presentes em faixas do campo opostas horizontalmente (em largura) àquelas que estão recebendo pressing (quando o pressing ocorre em profundidade). Quando o pressing é em largura, essas regiões acabam na maior parte das vezes ocorrendo entre a linha de zagueiros e a do goleiro.
É claro que a idéia de tirar a bola da pressão, fazendo-a trocar de faixas do campo de jogo (da esquerda para a direita e da direita para a esquerda), com mobilidade vertical e horizontal é algo mais elaborado do que seqüências de chutões. Mas pode também ser mais eficiente no início da construção de ataques subseqüentes.
Obviamente também que alcançar novas possibilidades como criar estratégias para retirar a bola da zona de pressão e possibilitar construções de jogo mais consistentes necessita de uma compreensão do jogo mais elaborada e real. E isso custa mais (mais planejamento, mais conhecimento, melhor trabalho).
Referências Bibliográficas:
Uma "(des)baromatriz(acção)" concepto-comportamental da(s) zona(s) pressing. - Monografia de Abílio da Torre Ramos.
A TÁTICA DO CHUTÃO - Texto do professor Rodrigo Leitão.
Bom, acredito que tenhamos terminado teoricamente as bases do pressing, pois não devemos fechar um assunto e acharmos que já sabemos tudo sobre ele, sendo assim, o tratamento do tema pressing continuara aberto, contudo, iremos explorar, agora, outros temas.
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