Mais avisos, para quem ainda olha para isto como se estivéssemos em Junho de 2008.
A Europa do futebol está numa encruzilhada financeira crítica, mas necessita de se resguardar contra a sobre-regulação à medida que se esforça na criação de uma nova era de "fair play financeiro" e cooperação. Esta foi a mensagem que os executivos dos maiores clubes europeus deixaram no Soccerex European Forum em Manchester.
Jose Maria Andres - Vice Presidente do Sevilla FC - acrescentou que já é tempo dos clubes europeus entrarem em acção com medidas urgentes. Citando-o, “o futebol é um negócio estranho, nos quais os jogadores e agentes ganham todos os dias, e os proprietários perdem sempre ... com decisões não tomadas por si, mas sim pelos adeptos e pelos media. O problema é que se está a gastar mais em jogadores do que aquilo que se ganha. Na segunda divisão espanhola está-se a pagar aos jogadores 150% do que se consegue em receitas, o que é insustentável. Mas não é necessário sobreregulação, até porque não somos um banco ou uma companhia de seguros. O problema é encontrar a medida certa de regulação sobre gastos e receitas.”
Já Ernesto Paolilo, CEO e director geral do Inter Milão, acrescentou que as forças resistentes à mudança estrutural no futebol italiano continuam a minar os esforços de reestruturação da liga para o modelo da Premier League. Citando-o, “Somos parte de uma mesma indústria e partilhamos os mesmos interesses, mas os clubes mais pequenos querem dinheiro dos clubes maiores... pelo que precisamos de novas regras. Muitos clubes na Serie B estão em má situação e esse problema afectará todos os clubes. Às vezes é preciso um choque, para que a estrutura mude.”
Contudo, a análise mais positiva da actual crise financeira veio de Ivan Gazidis - CEO do Arsenal -, que afirmou haver uma "crescente unanimidade" entre os clubes europeus sobre os objectivos básicos e prudência financeira. Para ele, o futebol europeu precisa de construir um espírito de parceria entre os proprietários dos clubes similar ao que acontece na Major League Soccer americana, onde os proprietários cooperam muito mais fora do relvado. O resultado dessa colaboração, disse ele, seria que o futebol poderia atrair “pessoas sensíveis (investidores) que, neste momento, estão sentados nas linhas laterais".
Os avisos sucedem-se, mas parece que pelo nosso "rico" país ainda há quem pense que se justifica o ditado "os cães ladram mas a caravana passa".
A Europa do futebol está numa encruzilhada financeira crítica, mas necessita de se resguardar contra a sobre-regulação à medida que se esforça na criação de uma nova era de "fair play financeiro" e cooperação. Esta foi a mensagem que os executivos dos maiores clubes europeus deixaram no Soccerex European Forum em Manchester.
Jose Maria Andres - Vice Presidente do Sevilla FC - acrescentou que já é tempo dos clubes europeus entrarem em acção com medidas urgentes. Citando-o, “o futebol é um negócio estranho, nos quais os jogadores e agentes ganham todos os dias, e os proprietários perdem sempre ... com decisões não tomadas por si, mas sim pelos adeptos e pelos media. O problema é que se está a gastar mais em jogadores do que aquilo que se ganha. Na segunda divisão espanhola está-se a pagar aos jogadores 150% do que se consegue em receitas, o que é insustentável. Mas não é necessário sobreregulação, até porque não somos um banco ou uma companhia de seguros. O problema é encontrar a medida certa de regulação sobre gastos e receitas.”
Já Ernesto Paolilo, CEO e director geral do Inter Milão, acrescentou que as forças resistentes à mudança estrutural no futebol italiano continuam a minar os esforços de reestruturação da liga para o modelo da Premier League. Citando-o, “Somos parte de uma mesma indústria e partilhamos os mesmos interesses, mas os clubes mais pequenos querem dinheiro dos clubes maiores... pelo que precisamos de novas regras. Muitos clubes na Serie B estão em má situação e esse problema afectará todos os clubes. Às vezes é preciso um choque, para que a estrutura mude.”
Contudo, a análise mais positiva da actual crise financeira veio de Ivan Gazidis - CEO do Arsenal -, que afirmou haver uma "crescente unanimidade" entre os clubes europeus sobre os objectivos básicos e prudência financeira. Para ele, o futebol europeu precisa de construir um espírito de parceria entre os proprietários dos clubes similar ao que acontece na Major League Soccer americana, onde os proprietários cooperam muito mais fora do relvado. O resultado dessa colaboração, disse ele, seria que o futebol poderia atrair “pessoas sensíveis (investidores) que, neste momento, estão sentados nas linhas laterais".
Os avisos sucedem-se, mas parece que pelo nosso "rico" país ainda há quem pense que se justifica o ditado "os cães ladram mas a caravana passa".
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