Inicial, gostaria de me desculpar por não ter postado na segunda-feira, contudo, estou com dificuldades de usar o tempo a meu favor, então, a partir de agora passarei a coluna para a sexta-feira, já que tenho nesse período tenho um bom tempo para pensar em algo, escrever, corrigir, enfim, espero que não tenha problema essa mudança. Vamos ao artigo de hoje:
O ultimo artigo do professor Leitão, na Universidade do Futebol, trouxe como tema um questionamento de um de seus amigos, "Para o colega do “o russo”, como explicar, dentro de um sistema equilibrado e organizado, a entrada de um elemento novo, que sem conhecer o perfeito funcionamento de tal sistema, suas interdependências e inter-relações, passa a ser tido como o grande “upgrade” desse sistema".
Me intrometendo um pouquinho, gostaria de tecer alguns comentários, que espero que sejam pertinentes:
Primeiro gostaria de comentar o não uso que farei da expressão equilíbrio/desequilíbrio/reequilíbrio (ta certa a escrita?). Segundo Luhmann, a noção de equilíbrio nos remete a idéia da balança, que os dois lados estão equilibrados e por qualquer mínima coisa que se coloque haverá um desequilíbrio, a noção de equilíbrio então, nos remete a noção total temporária de ordem, o que é errado visto que isso não ocorre, o equilíbrio também nos traz outro problema, quando pensamos que algo estava equilibrado, sofreu desequilíbrio e voltou a se equilibrar, tendemos a acham que o equilíbrio voltou ao equilíbrio inicial, o que não é verdade, é um engano. Trabalhar com estabilidade se torna mais adequado, na medida em que ela nos diz que o sistema a todo o momento tem equilíbrios e desequilíbrios mais sempre encontra uma nova estabilidade.
Todos os sistemas abertos, como uma equipe de futebol, se encontram sempre em novas estabilidades, que são geradas sempre pelo sistema, devido aos sistemas abertos serem fechados operacionalmente, também conceitos de Luhmann.
A questão então é, um elemento novo (jogador) em uma equipe sempre terá como resultado a estabilidade, o jogador (ruído, perturbação) entra na equipe e o sistema equipe cria uma nova estabilidade, assim sendo, o sistema equipe se torna novamente estável. Isso pode ser bem visualizado no tetragrama de Morin, Ordem/Interação/Desordem/Organização.
Agora, quando digo que o sistema equipe se torna estável, quero dizer apenas que o sistema equipe se torna estável, não se entenda com isso que a equipe é boa, ruim, ganhadora ou perdedora, entenda-se somente que a equipe adquiriu uma nova estabilidade com a entrada de um novo elemento. Exemplo hipotético: Se chegarmos ao ponto de iniciar uma catástrofe global e a terra se explodir pode dizer que ela encontrou uma nova estabilidade, logo, não entenda estabilidade como sucesso ou fracasso, entenda-se como nova estabilidade.
Também se torna interessante deixar aquele "velho conceito" de que um sistema pode ser maior ou menor do que a soma dos jogadores que a constituem. Então, não parece ser muito interessante "ter por ter" um Pelé no time, já que isso não significa muita coisa.
Vendo também, pelos olhos da Periodização Tática, não é possível que um jogador do nada entre numa equipe e comece a fazer tudo como planejado, haja vista que ele precisaria de um tempo mínimo (Mourinho nos diz um mês) para adquirir os princípios, sub-principios... O modelo de jogo de sua equipe.
Ao mesmo tempo, penso que um elemento novo num sistema com estabilidade, porém mal (se é que posso colocar assim, num sentido de fracasso) pode trazer sim melhorias (ou não).
Enfim, pedindo licença, e respondendo a pergunta do Russo, corroboro com ele que com os olhos da P.T se torna um absurdo à entrada de um novo elemento na equipe, e em um ou sem treino, o jogador jogar e ser considerado "o cara" daquele sistema, não obstante, pela teoria dos sistemas/complexidade me torna aceitável a idéia de nova estabilidade/organização com a entrada de um novo elemento no sistema, entretanto, repito, essa organização não quer dizer competência de jogar, e também deixo aberta a possibilidade de num sistema organizado/estabilizado (mas entenda-se esse organizado/estabilizado no sentido de não trivial no sentido de total falta de combate a complexidade do meio) que a entrada de um novo elemento possa piorar ou melhorar a equipe.
Meio confuso, idéias que ainda precisam amadurecer.
Estou lendo as obras de Niklas Luhmann e O Método de Morin, espero futuramente entender um pouco mais do assunto para abordar com mais consistência aqui no blog... Por enquanto é isso...
Link da matéria do professor Rodrigo Leitão: http://www.universidadedofutebol.com.br/2010/03/3,11115,DESORGANIZACAO+E+AUTO-DESORGANIZACAO+TATICA+OS+JOGADORES+QUE+RESOLVEM.aspx
O ultimo artigo do professor Leitão, na Universidade do Futebol, trouxe como tema um questionamento de um de seus amigos, "Para o colega do “o russo”, como explicar, dentro de um sistema equilibrado e organizado, a entrada de um elemento novo, que sem conhecer o perfeito funcionamento de tal sistema, suas interdependências e inter-relações, passa a ser tido como o grande “upgrade” desse sistema".
Me intrometendo um pouquinho, gostaria de tecer alguns comentários, que espero que sejam pertinentes:
Primeiro gostaria de comentar o não uso que farei da expressão equilíbrio/desequilíbrio/reequilíbrio (ta certa a escrita?). Segundo Luhmann, a noção de equilíbrio nos remete a idéia da balança, que os dois lados estão equilibrados e por qualquer mínima coisa que se coloque haverá um desequilíbrio, a noção de equilíbrio então, nos remete a noção total temporária de ordem, o que é errado visto que isso não ocorre, o equilíbrio também nos traz outro problema, quando pensamos que algo estava equilibrado, sofreu desequilíbrio e voltou a se equilibrar, tendemos a acham que o equilíbrio voltou ao equilíbrio inicial, o que não é verdade, é um engano. Trabalhar com estabilidade se torna mais adequado, na medida em que ela nos diz que o sistema a todo o momento tem equilíbrios e desequilíbrios mais sempre encontra uma nova estabilidade.
Todos os sistemas abertos, como uma equipe de futebol, se encontram sempre em novas estabilidades, que são geradas sempre pelo sistema, devido aos sistemas abertos serem fechados operacionalmente, também conceitos de Luhmann.
A questão então é, um elemento novo (jogador) em uma equipe sempre terá como resultado a estabilidade, o jogador (ruído, perturbação) entra na equipe e o sistema equipe cria uma nova estabilidade, assim sendo, o sistema equipe se torna novamente estável. Isso pode ser bem visualizado no tetragrama de Morin, Ordem/Interação/Desordem/Organização.
Agora, quando digo que o sistema equipe se torna estável, quero dizer apenas que o sistema equipe se torna estável, não se entenda com isso que a equipe é boa, ruim, ganhadora ou perdedora, entenda-se somente que a equipe adquiriu uma nova estabilidade com a entrada de um novo elemento. Exemplo hipotético: Se chegarmos ao ponto de iniciar uma catástrofe global e a terra se explodir pode dizer que ela encontrou uma nova estabilidade, logo, não entenda estabilidade como sucesso ou fracasso, entenda-se como nova estabilidade.
Também se torna interessante deixar aquele "velho conceito" de que um sistema pode ser maior ou menor do que a soma dos jogadores que a constituem. Então, não parece ser muito interessante "ter por ter" um Pelé no time, já que isso não significa muita coisa.
Vendo também, pelos olhos da Periodização Tática, não é possível que um jogador do nada entre numa equipe e comece a fazer tudo como planejado, haja vista que ele precisaria de um tempo mínimo (Mourinho nos diz um mês) para adquirir os princípios, sub-principios... O modelo de jogo de sua equipe.
Ao mesmo tempo, penso que um elemento novo num sistema com estabilidade, porém mal (se é que posso colocar assim, num sentido de fracasso) pode trazer sim melhorias (ou não).
Enfim, pedindo licença, e respondendo a pergunta do Russo, corroboro com ele que com os olhos da P.T se torna um absurdo à entrada de um novo elemento na equipe, e em um ou sem treino, o jogador jogar e ser considerado "o cara" daquele sistema, não obstante, pela teoria dos sistemas/complexidade me torna aceitável a idéia de nova estabilidade/organização com a entrada de um novo elemento no sistema, entretanto, repito, essa organização não quer dizer competência de jogar, e também deixo aberta a possibilidade de num sistema organizado/estabilizado (mas entenda-se esse organizado/estabilizado no sentido de não trivial no sentido de total falta de combate a complexidade do meio) que a entrada de um novo elemento possa piorar ou melhorar a equipe.
Meio confuso, idéias que ainda precisam amadurecer.
Estou lendo as obras de Niklas Luhmann e O Método de Morin, espero futuramente entender um pouco mais do assunto para abordar com mais consistência aqui no blog... Por enquanto é isso...
Link da matéria do professor Rodrigo Leitão: http://www.universidadedofutebol.com.br/2010/03/3,11115,DESORGANIZACAO+E+AUTO-DESORGANIZACAO+TATICA+OS+JOGADORES+QUE+RESOLVEM.aspx
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