O jogo de ontem justificou que era mais que fundada a fezada dos Sportinguistas para esta eliminatória da Liga Europa. E se me permitem a razão dessa confiança nada deverá ter a ver com o adversário que nos calhou em sorte. Tem obrigatoriamente a ver com a equipa, com a subida de qualidade do seu jogo, com a motivação e os níveis de confiança. Não é por acaso que de jogos consecutivos a sofrer golos vamos já perto de uns redondos 500 minutos sem os encaixar, jogando com adversários que não são exactamente os mesmos que nos permitiram registar 7 vitórias consecutivas.
Mas convém travar optimismos de todo injustificados. Para os menos atentos convém lembrar que a equipa de ontem “não é a mesma” que o FCP defrontou para a Champions League, como alguns querem fazer crer, para diminuir a virtude do difícil empate de ontem. Esta é a mesma equipa que há poucas semanas impôs uma derrota ao poderoso Barça. Convém também lembrar que o Valência há poucos dias apanhou 4 no Calderon num jogo similar ao de ontem, em que os valencianos terminaram também com 9 jogadores. Se ontem o Atlético de Madrid foi vulgar é também porque jogou com uma equipa que os vulgarizou.
O resultado de ontem obriga-nos a ganha, mesclando a máxima cautela com a a ambição de marcar. O Atlético ganhou a eliminatória anterior precisamente no difícil ambiente de Ali Sami Yen, casa dos leões de Istambul, como são conhecidos os do Galatasaray. Se isto não nos servir de alerta podemos sofrer um dissabor. Carvalhal sabe disso, como já o provou ontem e contra o Everton. Saibamos nós também quando enchermos Alvalade. A equipa vai precisar de nervos de aço e de igual respaldo das bancadas. Ou muito engano ou vamos ter eliminatória até aos últimos minutos, e com golos em ambas as balizas.
E como vimos ontem não podemos sequer contar com a imparcialidade do apito. É que Angel Villar é tudo menos um verbo de encher, como se parece contentar em ser Madaíl. Só por ingenuidade se pode pensar que quando é preciso não usa a sua influência de presidente do Comité de Arbitragem da UEFA. A nomeação de Pieter Vink, com as suas já conhecidas tropelias, levam-me a crer que, lá como cá, eles também têm os seus homens de mão.
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*crónica escrita para o Futebol "O desporto rei" , pelo "ANortedeAlvalade", no âmbito da parceria em vigor.
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