Mercado Global Há uns dias no blog
GeraçãoBenfica sugeri
Ronaldinho Gaúcho no
SLBenfica. Dias depois, a propósito dos patrocínios do
SLBenfica, disse que é absolutamente fundamental que o Benfica aponte apenas a marcas
internacionais (com maior capacidade financeira) e que para isso é fundamental fazer um
roadshow mundial para divulgar o projecto desportivo e empresarial.
Para os mais conservadores, conseguir o patrocínio da Mercedes,
Toyota,
Mastercard, Vivo,
Playstation,
Sony, Motorola,
Pepsi, Telefónica, Apple,
Vodafone,
Nestle,
Nokia,
Glaxo, Coca-Cola,
Microsoft,
Sonangol,
Bwin,
Samsung,
IKEA, etc são factores de elevada dificuldade devido à falta de exposição do país. Até concordo com essa abordagem, se considerarmos que o Benfica fica sentado na cadeira, a viver à conta dos parceiros nacionais, a espera que as oportunidades batam à porta.
Não é isso que preconizo... e não é isso que espero de uma marca mundial com o
SLBenfica. Portugal é um mercado atractivo de algumas marcas
internacionais, seja pelo perfil dos consumidores, seja pelas condições que permitem à marca. Há quadros importantes em empresas como a
Vodafone ou Microsoft que vieram das subsidiárias portuguesas. Há entidades a apostar e investir em Portugal como o
IKEA,
Sonangol ou a Cisco
Systems.
Portugal está no radar das grandes
multinacionais, com capital para investir... mas é preciso dar visibilidade a essas marcas do plano empresarial e desportivo que temos que lhes dará retorno sobre esse investimento. É preciso ter e comunicar uma estratégia, junto dos potenciais parceiros, nos principais centros de negócios
internacionais. A isto se chama o que os empresários portugueses têm na agenda diária: Captar investimento estrangeiro.
Onde é que entra aqui o
Ronaldinho Gaúcho? Simples... é do conhecimento de todos que o
Ronaldinho foi já considerado,
unanimemente como um dos melhores jogadores do Mundo. Não há no Mundo, mesmo entre os que não ligam ao futebol, que não saiba quem é o craque brasileiro.
Com a entrada do "mãos de manteiga
Rijkaard" no Barcelona e após conquistar
títulos individuais e colectivos, o
Ronaldinho abandalhou-se, como é típico dos jogadores brasileiros, e descansou sobre o sucesso. Saiu pela porta pequena do
Barça e entrou no
Milan de outro "mãos de manteiga", o Leonardo.
Eu não tenho qualquer dúvida que a visão de Camacho era inovadora e acertada, quando sugeriu resgatá-lo ao
PSG por 20M€ com o apoio da
Nike e
Pepsi. O plano era ter um craque que trouxesse gente aos estádios e com isso receitas e com isso resultados e com isso maior capacidade de investimento.
Por outro lado, um clube "fora dos
campeonatos de
top mundial" poderá ser a perfeita oportunidade para
Ronaldinho se reencontrar com o bom futebol e com o
profissionalismo, agora sob a batuta de alguém que NÃO TEM mãos de manteiga, mas sim de ferro.
Assim, porque não apostar numa parceria com dois países que têm interesses em Portugal, que têm ligação com o
Ronaldinho e que têm interesse em ficar associados à recuperação do craque mundial? Brasil e Espanha... na mesma empresa: VIVO / Telefónica.
A penetração da comunidade brasileira, e investimentos de empresas brasileiras, em Portugal é enorme. No sentido inverso idem... portanto, a visibilidade que pode ter a parceria com a
Telefónica ou com a Vivo para o apoio à contratação de um craque como o
Ronaldinho... é enorme. Estamos a falar de um investimento anual de 5 a 6M€ para suportar os salários do jogador.
Com isto, e com a imagem do
Ronaldinho ligado à
Nike, a Adidas e a PT, se quiserem manter a ligação ao
SLBenfica, têm necessariamente que "abrir os cordões à bolsa" ou serão engolidos pelo investimento de empresas concorrentes.
Este é apenas um exemplo, descrito em "
high level", de como jogar um
joker assim pode ser um
catalizador muito relevante, pois como sempre se diz, em vez de ficarmos a espera de saber o que os patrocinadores podem pagar por nós... é importante antes disso termos uma estratégia
para eles virem o caminho do retorno ainda antes de avançarem com o investimento.
Dei o exemplo da Vivo e da Telefónica porque estão "na boca do mundo" agora. Mas podia falar na
Playstation, no
Ikea, enfim. É o mercado global para o qual o Benfica tem que apontar, como precisa apontar também para o Maior Mercado do Mundo: A China.
Crónica semanal do blog
GeraçãoBenfica para o Futebol "O Desporto rei"
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