O preparador físico Luís Cláudio Lula da Silva, mais conhecido por Lulinha, foi o único elemento do corpo clínico do Corinthians que não foi demitido após a eliminação do clube paulista da Taça dos Libertadores da América.

Depois da má exibição do "Timão", o presidente Andrés Sanchez e o médico Mano Menezes decidiram dispensar os serviços do preparador físico Walmir Cruz, os assistentes António Carlos Bona e Marco Lima e ainda o fisiologista Daniel Portella.

O facto de Lulinha ter sido o único a "escapar" ao despedimento causou muita polémica, pois vários especialistas consideram que o pai do preparador físico, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, teve influência na decisão dos responsáveis do Corinthians.

Numa tentativa de desmentir os vários rumores que circulavam na Internet e na imprensa desportiva, Lulinha esteve no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, e revelou que "ser filho do presidente complica ainda mais a vida, porque tem que passar por situações que não deseja nem ao pior inimigo".

O preparador físico contou então o seguinte: "Quando andava na Universidade, a minha professora de História Política disse que não gostava do meu pai e que me ia chumbar só por eu ser filho de quem era".

Luís Cláudio disse ainda que não foi demitido porque o presidente do Corinthians entende que ainda está em processo de formação e que deveria terminar esse processo.

No entanto, Lulinha revelou que não se sente estagiário, e para acabar com toda a polémica prefere "ser despedido" e abraçar uma nova carreira: treinador de futebol.


Se houve influências por parte do presidente Lula da Silva não se sabe, mas o certo é que o presidente e a primeira-dama Marisa Letícia estiveram no Parque São Jorge (estádio do Corinthians) horas antes do jogo com o Flamengo, a contar para a Libertadores, quando já se falava num possível despedimento da equipa médica se as coisas não corressem bem ao clube paulista.