Último jogo do dia, primeiro do grupo C, frente-a-frente 2 países que falam a mesma língua, a favorita Inglaterra contra o outsider EUA. A Inglaterra entrou a todo o gás e adiantou-se no marcador logo aos 4 minutos por intermédio do Capitão Steven Gerrard a desviar à saída de Howard, após passe do veterano Emile Heskey.
Apesar deste balde de água fria os americanos estavam bem posicionados no terreno, inabaláveis psicologicamente e detinham uma maior posse de bola sem no entanto se conseguirem impor. Aos 30 minutos de jogo Capello tirou Milner uma vez que este não estava a fazer um jogo brilhante, já estava amarelado e nos últimos minutos Donovan tinha começado a cair do seu lado. Para o seu lugar entrou Wright-Phillips dando maior velocidade ao flanco. Esta substituição pareceu resultar nos primeiros minutos uma vez que o jogador do City mexeu com o jogo, e quando parecia que os americanos estavam a esmorecer, eis que Dempsey se desembaraça do marcador directo e remata fraco de fora da área, seria mais um remate não fosse Green (surpreendentemente titular) abrir a capoeira e levar um frango monumental. Estava feito o empate. Daí até ao fim da 1ª parte foi mais do mesmo e as 2 equipas foram para o balneário num primeiro tempo marcado pela fífia do guardião inglês.
Vira o disco e toca o mesmo, a 2ª parte começou tal como a anterior marcada pelo ascendente dos pupilos de Capello, no entanto os EUA superiorizaram-se e deixaram emergir o seu futebol, defendiam bem e contra-atacavam rápido criando um certo desconforto no adversário que não conseguia estender o seu jogo e que criava perigo junto da baliza de Howard apenas através de cruzamentos, bolas paradas ou remates de fora da área e isto só mudava quando momentaneamente o EUA baixavam as suas linhas e aí sim a Inglaterra mostrava um bocadinho do seu futebol, certamente longe daquele que o seu treinador pretende.
O empate premeia a organização, solidez e o bom jogo da selecção de Bob Bradley. Este não é com toda a certeza o início com que os ingleses sonharam e o treinador tem que estar preocupado e mexer tacticamente, nomeadamente no meio campo. Pelo contrário os americanos mostram que não são apenas o país do basebol e que estão na África do Sul para discutir a passagem aos oitavos do final e talvez sonhar com algo mais.
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