Se a Coreia do Norte repetir o jogo que fez contra o Brasil, Portugal enfrentará uma retranca monumental. A Coreia do Norte joga no 5-3-1-1, variando para o 4-1-4-1. Portugal joga no 4-3-3.
Coréia do Norte
Sem a bola, o camisa 3 R. Jun Il joga como terceiro zagueiro pelo centro; com a bola ele transforma-se em primeiro-volante, atrás de uma linha de quatro meio-campistas.
A Coreia do Norte é um time muito disciplinado taticamente e a marcação é seu ponto forte. Mas a equipe tem suas armas ofensivas também. A maior delas é o atacante J. Tae Se (camisa 9), conhecido como o Rooney asiático. Ele não chega a ser um Rooney, mas é bom jogador. Contra o Brasil, criou boas jogadas quando recebeu bolas.
Atenção especial para o lateral-direito Cha Jong Hyok (2). Ele deve explorar as costas de Fábio Coentrão e tentar jogar com H. Yong Jo (10), que é o "1" do meio-campo, e J. Tae Se. O maior desafio para Portugal será ter paciência para penetrar na defesa norte-coreana sem abrir espaços para os contra-ataques.
Portugal
Portugal deve entrar em campo no 4-3-3 com apenas um volante destructivo: Pedro Mendes. Não podemos adivinhar a escalação de Carlos Queiroz para enfrentar a Coreia do Norte, mas ele como a selecção portuguesa certamente terá mais posse de bola no campo ofensivo, deverá ter jogadores que saibam tocar bem a bola. Por isso, acredito que ele vá colocar Danny no lugar de Deco, lesionado. Assim, o time teria um triângulo invertido no meio-campo, com Raul Meireles (ou Tiago) como box-to-box pela esquerda. Ou ainda, dois volantes destructivos e Danny à frente deles. Simão seria o atacante pela direita, trocando de lado durante a partida com Cristiano Ronaldo.
Outra alternativa seria um 4-4-2 com dois wingers. Nesse caso, seriam dois volantes pelo centro, Cristiano Ronaldo e Simão pelos lados e Liedson e Hugo Almeida como atacantes. Essa será uma boa opção se Cristiano Ronaldo e Simão forem à linha-de-fundo com frequência para furar o bloqueio à frente da área feito pela Coreia do Norte.
No primeiro esquema, Danny é uma incógnita porque não jogou bem contra a Costa do Marfim e é um meia-atacante, não um armador. O time ficaria sem um jogador de criação. O problema do segundo esquema é que Simão não costuma chegar ao fundo. O time também não teria um jogador de criação, mas apostaria na velocidade, essencial para os contra-golpes.
Por Marcelo Costa, do Blog Esquemas Táticos.
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