As mais recentes experiências de Carlos Queiroz a liderar equipas demonstram bem a sua incapacidade para questões disciplinares e, pior ainda, de visão multidisciplinar.
Carlos Queiroz apareceu no ManUtd sem nunca se ter chegado a perceber muito bem porquê e ali viveu muitos anos na sombra de um Senhor do futebol Mundial - Sir Alex Fergusson. Com o tempo, foi-se confundindo o sucesso do ManUtd com o Carlos Queiroz que, segundo alguns, era o homem-sucesso de Sir Alex.
A mudança para Madrid não foi dificultada pelos ingleses, o que iria constituir o primeiro factor de estranheza no tal percurso do homem-sucesso. E lá, quando realmente teve que decidir pela outra vez depois dos insucessos no Sporting e nas selecções, voltou a... falhar.
De problemas disciplinares, a incapacidade de controlo dos diferentes factores de gestão de um plantel "galáctico"... tudo correu mal. Olhando para trás, sucesso sucesso Queiroz só teve com a década de ouro dos jovens portugueses Figo, João V. Pinto, R.Costa, etc. Daí em diante, sempre que teve que ser ele a assumir as decisões... correu mal.
Sem estranheza, ofereceu-se para voltar a Manchester e como quem ali manda e trabalha é mesmo Fergusson, ele regressou. Dois anos mais tarde, alegando o projecto da vida dele (o regresso à FPF com poderes reforçados), fechou de vez a porta do ManUtd e regressou a Portugal no que ele acreditava ser o projecto de uma vida. Nada de mais errado...
Voltou a ter que ser ele a decidir... voltou a falhar. Sucederam-se as trapalhadas... Desde as convocatórias e pobreza das exibições na Qualificação, até à inqualificável convocatória para o Mundial, a deixar antever o pior de si... e o pior que havia na selecção e na FPF.
Não tenhamos ilusões! A FPF é um antro de poder e contra-poder, onde tudo se congemina, onde tudo se cose. Queiroz acreditou que Scolari tinha limpo o caminho por ser o único que por lá passou com eles no sitio. Mas enganou-se, porque o brasileiro limitou-se a criar um novo alinhamento "com o Império Jorge Mendes" em contra poder com o instituido na altura e agora de novo "Império Joaquim/António Oliveira".
A entrada de Queiroz era tudo o que Madaíl precisava para, na esquecendo Mendes que estava já metido no seio da FPF, voltasse a haver espaço para Oliveira.
Ultrapassada a trapalhada das convocatórias que deixaram de fora, por exemplo, Moutinho,Amorim, Quim, C.Martins, Quaresma, Makukula, etc. chega-se a Covilhã com informações que um ex-jogador de Queiroz apresentava substâncias que o afastariam da competição da África do Sul e dos jogos do seu clube. Queiroz e Madaíl procuram abafar a situação e conter a presença do CNAD até resolverem o problema do jogador. Só que Madaíl, contrariamente ao que tinha prometido, é surpreendido pela presença dos "vampiros" na Covilhã.
Nunca tentativa desesperada de salvar a face, Carlos Queiroz tem um comportamento insultuoso com os responsáveis do CNAD que, no regresso a Lisboa fazem queixa à tutela. Opta-se, em vésperas de Mundial, por abafar o caso com o acordo, imagine-se, do Sec. Estado do Desporto. A
podridão é total.
Contudo, no final da miserável presença na Africa do Sul com apenas uma vitória em quatro jogos, a FPF procura a saída do Prof. Trapalhadas que faz saber publicamente que não pretende sair e que se tal acontecer há um valor acordado a pagar. Por essa altura, tenta aliviar responsabilidades, chamando a estrutura da FPF de "amadora".
Gilberto Madaíl vai, obviamente, aos arames com esta história e "devolve" a polémica libertando a história da Covilhã, outrora abafada em proveito de todos, mas agora ocultando apenas o que poderia por em causa... a própria FPF e o CNAD, deixando sozinho e topo da polémica, Carlos Queiroz.
Recordam-se de mais acima eu ter falado no domínio do "império" Oliveira? Atentem bem em que jornal saiu a polémica? DN, pois claro. No Blog GeraçãoBenfica já várias vezes falei no poder desse senhor para "enterrar" ou "elevar" organizações e pessoas publicamente.
Com isto, não só Madaíl alivia a responsabilidade de cima da FPF, como igualmente mostra a Queiroz que tem argumentos para o fazer sair, a mal, e minimizando quaisquer valores de rescisão, forçando assim que haja um duplo acordo: De verbas e de reputação. Ou seja, a FPF abafa novamente a história e Queiroz sai ilibado, mas em compensação sai pelo seu próprio pé da FPF com valores bastante inferiores aos definidos contratualmente.
Moral da História: Uma FPF podre! Com Joaquim Oliveira a dominar os meandros da Selecção e com Laurentino Dias como capacho de tudo, com interesses em estar bem com a FPF e os poderes instalados - já ganhou com o Euro2004 e prepara-se para mais com a candidatura ibérica a 2014. Pelo meio desbaratam-se dinheiros públicos investidos na FPF que, recorde-se, á uma entidade que apesar de viver em ilegalidade, mantém todos estes compradrios da Sec. Estado Desporto.
Nota: Artigo do blogger GeracãoBenfica, para o Futebol "O Desporto rei".
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