Uruguai-Gana, em teoria o jogo menos "apetecível" dos quartos de final, no final talvez o jogo mais emocionante deste Mundial, não porque foi um jogo com bastantes golos e oportunidades ou com ambas as equipas a jogarem um futebol aberto e atractivo, mas sim porque no último minuto foi falhado um penalti que dava pela primeira vez o apuramento de uma equipa africana para as meias finais de um campeonato do mundo.

Até ao minuto 120 estava a ser um jogo razoável com algumas oportunidades para ambos os lados mas nada do outro mundo, até que no último minuto do prolongamento depois de vários remates há um cabeceamento para golo que é cortado com a mão pelo avançado Luis Suárez (um verdadeiro herói nacional), uma heróica decisão do jogador que apesar de ter sido expulso deu uma derradeira oportunidade á sua equipa de não ser eliminada.

Este era daqueles momentos impróprio para cardíacos, de um lado milhões de uruguaios que só desejavam que a bola não entrasse na baliza, do outro centenas de milhões de africanos sofriam para que pela primeira vez uma equipa africana chegasse ás meias finais de um Mundial. Marcar ou não marcar eis a questão? Com a bola dentro da baliza milhões iam chorar de alegria, com a bola fora da baliza milhões iam chorar de alegria, com a bola dentro da baliza milhões iam chorar de tristeza, com a bola fora da baliza milhões iam chorar de tristeza.

A verdade é que o Gana tinha tudo para fazer história, bastava o especialista e super confiante Asamoah Gyan colocar a bola numa baliza gigante que estava a 11 metros de distância e pronto!Golo, e o Gana já estava nas meias.

Mas a verdade é que Gyan falhou, o jogo foi para penaltis e o Gana perdeu. Moral da história, um jogo que não estava a ter nada de muito interessante num minuto mudou completamente e passou a deixar milhões no estádio e á frente do ecrã a sofrer com ele.

Muitas vezes perguntam porque que o futebol é mágico, esta é uma das razões, num minuto estamos a dormir no outro estamos a sofrer.