A decisão está tomada: o futuro da Selecção Nacional não passa por Carlos Queiroz. Agora é só uma questão de saber se o assunto se resolve a bem ou a mal.
A reunião de amanhã na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) será uma mera formalidade. Conforme Record ontem noticiou, há unanimidade entre os membros da direcção para pôr termo ao contrato com o actual seleccionador, pelo que a margem de manobra de Queiroz e as hipóteses de ele continuar à frente da Selecção são muito reduzidas para não dizer praticamente nulas.
Rescisão amigável
Gilberto Madaíl vai tentar evitar o litígio com o seleccionador e irá propor a rescisão amigável. Segundo Record apurou, os valores serão generosos, podendo ficar a meio da verba total a que Queiroz teria direito (3,2 milhões de euros). Essa proposta deverá ser aceite pelo seleccionador, convencendo-o assim a assinar a desvinculação. Deste modo se evitará a ida para os tribunais num processo que seguramente se irá arrastar, causando naturais danos às partes.
O presidente da FPF já sabe que se não avançar com uma proposta razoável, o seleccionador estará preparado para o braço-de-ferro jurídico. Neste momento, porém, é intenção de Madaíl e Queiroz evitar tal conflito e fechar o dossiê sem mais polémicas.
Sem apoios
O selecionador, que continua de férias em Moçambique, não encontra apoios não apenas entre os elementos da direcção da FPF mas também na estrutura federativa. É um homem isolado com a sua equipa técnica pelo que este é mais um dos argumentos que empurram Queiroz para fora da federação. No entanto, o insulto dirigido a Luís Horta e transmitido à equipa do controlo antidoping que estava em missão pública é que está na base do despedimento do seleccionador. Após denúncia escrita de dois médicos, o Instituto de Desporto de Portugal abriu o respectivo inquérito, o que obrigou a FPF a actuar disciplinarmente. Para evitar o recurso aos tribunais, Madaíl vai propor a rescisão amigável e Queiroz deverá aceitá-la.
Texto: Record
Modalidades: revista da semana
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