Aí vai mais uma notícia ligada às finanças do futebol europeu, que infelizmente não deixam de ser o espelho do estado actual das economias e finanças dos países:
De acordo com a Bloomberg, estão a ser enviadas centenas de mensagens dirigidas ao CEO do RBS - Stephen Hester - a avisá-lo da ira contra este banco por parte dos adeptos do Liverpool.
Segundo o e-mail, que os adeptos individualmente assinam, “É a minha posição, que se o negócio de refinanciamento for renegociado após Julho de 2010, então uma campanha de protesto contra o Royal Bank of Scotland será levada a cabo incluindo painéis publicitários contra o banco e encorajando os adeptos do Liverpool a boicotar esse mesmo banco”. “Como contribuinte britânico e adepto do Liverpool, posso assegurar que não estou contente pelo facto do meu dinheiro estar a ser usado para pagar a compra do Liverpool FC por George Gillett e Tom Hicks,” acrescenta esse e-mail.
Os adeptos estão decepcionados com a dimensão da dívida atingida pelos americanos proprietários do clube - George Gillett Jr. e Tom Hicks -, que o compraram em Fevereiro de 2007, ao que se juntam as más performances da equipa no campo.
A empresa mãe do Liverpool - a Kop Football Holdings - anunciou uma perda de 42.6 milhões de libras no exercício que terminou em Julho de 2008.
Os adeptos estão decepcionados com a dimensão da dívida atingida pelos americanos proprietários do clube - George Gillett Jr. e Tom Hicks -, que o compraram em Fevereiro de 2007, ao que se juntam as más performances da equipa no campo.
A empresa mãe do Liverpool - a Kop Football Holdings - anunciou uma perda de 42.6 milhões de libras no exercício que terminou em Julho de 2008.
Passando da notícia à minha rápida apreciação, penso que este é mais um exemplo de que os próximos tempos (meses? anos?) não serão fáceis, e muito menos destinados às aquisições milionárias que de Inglaterra nos vinhamos habituando a assistir.
Com este cenário de clubes nas mãos de milionários e não de sócios, que afinal são milionários avessos a perder uma libra que seja da sua fortuna, e sob a mira declarada da UEFA apontada aos seus resultados operacionais, aos emblemas ingleses não restará mais de que enfrentar o próximo defeso numa perspectiva de "tal ganhadinho, tal gastadinho".
Com a (eventual) excepção do que resultar desvarios do Sheik Al Nayhan (Manchester City), desde já aposto que nenhum outro clube europeu ou inglês se governará à custa dos investimentos das libras dos tradicionais Man Utd, Arsenal, Tottenham ou mesmo Chelsea. Salvo realizando uma boa venda (a um Real Madrid ou Barcelona) de um dos seus ícones, estes tradicionais emblemas habituados a injectar dinheiro no mercado de transferências e assim "salvadores" das contas dos pseudo-ricos não deverão renovar esse estatuto.
Pelo que a Europa da "segunda linha" deve estar já a activar o Plano B....
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