Chegou ao fim a 2ª jornada da Liga Zon Sagres, que tem como comandantes FC Porto e Nacional, as duas únicas equipas que contam por vitórias os jogos até agora realizados. Numa jornada com apenas dez golos marcados, o destaque vai inteirinho para nova derrota do campeão em título, Benfica, que foi derrotado na Choupana (2-1), frente ao Nacional. Há 58 anos que os encarnados não entravam tão mal no campeonato. De registar ainda a importante vitória do Sporting em Alvalade, frente ao Marítimo, depois de na jornada inaugural ter sido surpreendido em casa do Paços de Ferreira, assim como é de salientar a vitória da Naval em casa do Portimonense, naquela que foi a única vitória obtida fora de portas.
No arranque da jornada (6ª feira), a Académica, a jogar em casa, não conseguiu levar de vencida o Olhanense, num jogo que terminou empatado a uma bola, com os dois golos a serem apontados para lá dos noventa minutos. Depois da vitória na Luz, esperava-se que os estudantes pudessem confirmar o favoritismo, uma vez que jogavam perante os seus adeptos, mas a verdade é que foi um jogo repartido, onde a Académica teve boas oportunidades para marcar na primeira parte, a equipa de Olhão respondeu nos segundos quarenta e cinco minutos. O empate acaba por se justificar.
No Sábado, entrou primeiro em campo o Sp. Braga, que não foi além de um empate a zero no Bonfim. Apesar do favoritismo, a equipa de Domingos Paciência não conseguiu vencer a equipa do V. Setúbal, que como já nos habituou, é sempre muito aguerrida e neste jogo contou ainda com a inspiração de Diego para manter as suas redes invioláveis. O Sp. Braga, que tinha jogado a meio da semana o play-off da Champions, frente ao Sevilha e terá o jogo da 2ª mão esta terça-feira, viu-se assim obrigado a fazer algumas alterações no seu onze titular, ainda assim e sem fazer um grande jogo, podia ter vencido o V. Setúbal, tendo criado ocasiões flagrantes para colorir o marcador. A equipa de Domingos Paciência acaba por perder dois pontos no Bonfim.
Mais à noitinha, o "trambolhão" do Benfica, frente ao Nacional, numa vitória (2-1) dos insulares que acabam por retirar dividendos das fragilidades da equipa encarnada. Não conseguindo ser a equipa dominadora da época passada, a equipa de JJ continua a criar ocasiões de golo, mas um dos grandes problemas da equipa (senão o maior) está na fragilidade defensiva (com Roberto a ser um problema). Uma das diferenças para a pré-época encarnada está na pouca eficácia nas oportunidades criadas, porque em termos de golos sofridos os números pouco mudaram e agora já não existe a "desculpa" de não estarem em campo os "mundialistas", um dos grandes problemas chama-se mesmo Roberto. Voltando ao jogo e num campo tradicionalmente difícil, o Benfica foi surpreendido pelo Nacional, com alguma felicidade por parte dos insulares, mas não se pode dizer que a vitória não assente bem aos alvi-negros.
Na tarde de Domingo, a U. Leira recebeu e empatou a zero frente ao Paços de Ferreira. Num jogo onde cada uma das equipas se superiorizou à outra em cada uma das partes, o empate acaba por se aceitar, embora o mesmo pudesse ter acontecido com golos, pois ambas as equipas desfrutaram de ocasiões para marcar.
Na única vitória forasteira, a Naval foi ao Estádio do Algarve vencer o Portimonense pela margem mínima. Tal como no jogo frente ao Sp. Braga, a equipa algarvia demonstrou algumas fragilidades defensivas e acabou por pagar bem caro isso mesmo, somando a segunda derrota em outros tantos jogos. Quanto à Naval e tal como no jogo frente ao FC Porto, voltou a deixar boas indicações.
Ao final de tarde, o Sporting conseguiu um triunfo sofrido frente ao Marítimo (1-0), embora o mesmo seja inteiramente justo. A equipa de Paulo Sérgio dominou o seu adversário, que tentou surpreender a equipa leonina em rápidos contra-ataques, mas esbarrou quase sempre na atenção de Rui Patrício e digo quase sempre, porque o jovem guarda-redes ficou a meio caminho numa das vezes em que os insulares se lançaram nas costas da defensiva verde e branca. De resto as melhores ocasiões pertenceram ao Sporting, que conseguiu o tento solitário já perto do final, por Matías Fernandez, na cobrança de uma grande penalidade. Triunfo sofrido mas justo.
O último jogo do dia colocou frente a frente FC Porto e Beira Mar, num encontro dominado pelos azuis e brancos, que não tendo feito uma primeira parte de grande nível, chegaram ao intervalo a vencer por 2-0. Os aveirenses até tinham chegado com perigo por algumas vezes perto da baliza de Helton, mas a maior qualidade dos "dragões" fez toda a diferença. Na segunda metade tudo foi diferente, o FC Porto dominou, teve diversas ocasiões para ampliar a vantagem mas acabou por marcar apenas por uma vez. Vitória incontestável da equipa liderada por Villas Boas
No jogo que fechou a jornada, o V. Guimarães recebeu o Rio Ave, mas não foi além de um empate a zero. Num jogo dominado pelos pupilos de Manuel Machado, pertenceram ao Rio Ave as duas melhores ocasiões da primeira parte, mas Nilson esteve em grande nível. Na segunda parte o V. Guimarães jogou no meio campo adversário, obrigando os vila-condenses a defender, mas como é sabido, nem é algo que a equipa de Carlos Brito se sinta desconfortável, uma vez que é uma das equipas que melhora trabalha nesta vertente. Manuel Machado queixou-se no final do jogo, mas a verdade é que à equipa da cidade berço, faltaram soluções para contrariar a organização do Rio Ave.
0 golos