A liga espanhola mantém-se certa, sem jogos em atraso, e por isso mais fácil de apreciar.

O último fim-de-semana coincidiu com o fecho do mercado de Inverno, e a prova evidente de que não há dinheiro para reforços. Os grandes não contrataram, e dos restantes a maior parte das movimentações foi ao nível de empréstimos até final da época. Apenas o Atlético de Madrid, como já aqui referi, abriu os cordões à bolsa (mais uma vez) e contratou Salvio ao Lanus por 8 milhões de euros, tendo mesmo as transferências mais onerosas sido as de saída (Michel sai do Sp. Gijón para o Birmingham por 3.3 milhões; Geijo sai do Santander para a Udinese por 2.5; e Pongolle do Atlético para o Sporting por 6.5)

No campo, não houveram grandes surpresas, mas ainda assim consideráveis prestações.
O Barcelona superou em Gijón, o que era fácil e previa-se.
Não se previa tão fácil era a vitória (1-3) do Real Madrid na Corunha.
O Sevilla, este ano até agora abaixo do que se esperava, mas sempre uma equipa muito temível, não facilitou e venceu um Valencia que vinha embaladíssimo. Aproximaram-se as equipas, que agora estão apenas separadas por 3 pontos na luta pelo 3º lugar.
Causou-me meia surpresa o empate caseiro do Getafe (perante o Santander) e, surpresa total a derrota - também caseira - do Villareal perante o Osasuna.

Para a jornada que agora chega, honestamente não vejo grandes jogos de interesse. No topo da tabela, tudo joga em casa e com compromissos acessíveis. Apenas o Sevilla se desloca a Zaragoza, ainda assim um jogo ao seu alcance.
A não ser que hajam surpresas, calculo que tudo permanecerá como dantes assim que o apito final da jornada for dado.